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Pets têm planos de saúde, spa, creche, velório e cremação: conheça os serviços e veja valores

Por Redação em 13/02/2022 às 06:22:15
Atento a todas as fases dos pets, o mercado oferece serviços e o g1 Minas levantou informações sobre alguns – durante a vida até o último adeus. A 'gerente canina' do A Reviver, Maia Camargo

Cemitério e Crematório dos Animais A Reviver/Divulgação

Os animais de estimação são companheiros divertidos e fofos. Vivem conosco durante anos e nos entretêm, mas, como todo ser vivo, também adoecem e "partem definitivamente".

Atento a todas essas fases dos pets, o mercado oferece serviços e o g1 Minas levantou informações sobre alguns – durante a vida até o último adeus.

Os “amiguinhos” podem usufruir de plano de saúde, creche, spa e, na hora de “irem embora”, têm direito a velório, cremação e enterro.

Conheça alguns serviços a seguir.

Funeral

A partida é dolorosa. Neste momento, tutores têm optado por reverenciá-los e cerimônias de despedida são feitas aos “amiguinhos do coração” – seja cachorro, gato, coelho, pássaro.

A empresária Kênia Camargo é sócia-proprietária do Cemitério e Crematório dos Animais A Reviver, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Para ela, a morte de um bichinho deve ser conduzida de maneira especial, também em respeito à família.

“Não pode cuidar somente do corpinho do animal. A família precisa de auxílio. Não foi só o animal que foi embora. Foi alguém muito especial que fazia parte da família”, avalia.

Velório do gato Leopoldo

Cemitério e Crematório dos Animais A Reviver/Divulgação

Ela conta que, em anos de trabalho, além de doguinhos e bichanos, já fez funeral de coelhos, galinhas, galos. Os mais exóticos foram jabuti, peixe e ovelha.

Kênia fala que no cemitério pet já houve aproximadamente 30 mil enterros e mais de 6 mil cremações. O local tem 2,2 mil m².

A empresária informa que o negócio oferece duas modalidades: jazigo individual, com o valor de R$ 1.730, mais a taxa de manutenção anual (5% do salário mínimo vigente), ou o coletivo/compartilhado a R$ 740.

Cemitério e Crematório dos Animais A Reviver, em Betim

Cemitério e Crematório dos Animais A Reviver/Divulgação

Cada cova tem 90 centímetros de comprimento por 54 centímetros de largura e 1,5 metro de profundidade e acomoda até oito corpos, que podem ser exumados três anos depois se os animais forem de pequeno ou médio portes, como pinscher.

Se forem grandes – fila brasileiro e labrador, por exemplo – o tempo para a retirada dos ossos sobe para cinco anos.

Depois de retirada, a ossada também pode ser cremada, se for da vontade da família. O valor varia de R$ 880 a R$ 980, dependendo do tamanho do animal.

Momento antes da cremação de um animal de estimação

Cemitério e Crematório dos Animais A Reviver/Divulgação

Para os parentes que preferem fazer a cremação logo após a morte, Kênia também disponibiliza o serviço que varia de R$ 420 a R$ 1.350.

O serviço não é feito em animais acima de 90 quilos porque o forno não comporta.

Kênia conta que a ideia do negócio surgiu depois que ela perdeu o Max – um pastor-alemão. “Meu pai simulou o velório. A gente sabe da dor do cliente porque a gente passou por isso”, relembra.

Para transformar um momento difícil e pesado, a empresária informou ainda que oferece ornamentação com flores naturais, urnas pet, espaço para velório.

“Depende da família. Uns 30 minutos ou mais de uma hora”, diz, referindo-se à duração do velório

No momento difícil para as famílias, elas são acolhidas com carinho e respeito

Cemitério e Crematório dos Animais A Reviver/Divulgação

O valor das flores para enfeite também varia de acordo com o tamanho do pet – que pode ser de R$ 220 a R$ 370. As urnas, de R$ 380 a R$ 520.

Para quem não quer ou não tem condição de ornamentar e comprar o caixãozinho de madeira, A Reviver disponibiliza uma caixinha ecológica feita em material reciclável, que já está inclusa no preço do funeral.

Depois do enterro, sobre o túmulo, é colocada uma lápide com o nome e as datas de nascimento e morte do animal.

Cremação em Itabirito

O Lumina Memorial, em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais também oferece cremação para pets.

“Não temos a parte de jazido ou cemitério com enterro, pois achamos que a urna com cinzas também cumpre essa finalidade, podendo ser enterrada ou depositada em algum lugar de preferência do tutor”, defende Tadeu Gobetti, sócio-proprietário.

Segundo ele, a operação de cemitério com jazidos é complexa e um custo de manutenção anual para o tutor.

“A cremação é um processo ecologicamente adequado e cada vez mais culturalmente aceita no Brasil. Em países da Europa e no Japão, muitos cemitérios só trabalham com funerais com cremação”, acrescenta.

Gobetti diz que atualmente o crematório atende uma média de 100 tutores por mês. “Estimamos mais de 10 mil animais cremados neste período em dez anos de funcionamento”.

No local existe sala de velório, mas a despedida presencial é feita se for da vontade da família do animal, que é perfumado e enfeitado com flores artificiais (recicláveis) em um caixãozinho.

Área do velório no Lumina Memorial, em Itabirito

Lumina Memorial/Divulgação

O Lumina tem duas modalidades de cremação. A individual em que as cinzas são acondicionadas em uma urna feita de pedra-sabão. O serviço tem o custo a partir de R$ 930 para animais de pequeno e médio portes (até 20 quilos), e um acréscimo para animais de grande porte (até 50 quilos).

A outra opção é a cremação compartilhada com dois ou três bichos, tendo um custo mais em conta no processo (a partir de R$ 396), mas, neste caso, as cinzas não são individualizadas e ficam no crematório.

É uma opção para quem deseja um destino digno, pois o processo recebe a mesma qualidade de atendimento, mas o tutor não quer as cinzas nem a recordação da urna.

Gobetti já atendeu tutores de arara, papagaios, ramster, coelho. “São pets que têm o mesmo apego emocional que gatos e cães e os tutores fazem questão de dar uma despedida com tributos”.

Para a cremação individual, a urna está inclusa no valor, que recebe um desenho e escrita do nome do animal talhado artesanalmente.

“Recomendamos aos tutores que façam um ritual de despedida de espargimento das cinzas, e que a urna seja guardada como um porta-objeto de coisas que valorizam a recordação do pet”.

Spa

Os tutores querem é que os pets estejam sempre saudáveis e limpos. O Spa dos Pets, no bairro Dona Clara, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, dá uma forcinha para que doguinhos e gatinhos fiquem mais bonitos e cheirosos.

Spitz alemã passou por 'trimming' na pelagem

Spa dos Pets/Arquivo pessoal

De acordo com as sócias-proprietárias Bárbara Zagnoli Luz Guimarães e Nathália Zagnoli Luz Silva, o espaço, além de atendimento veterinário, tem hidratação da pelagem que custa de R$ 10 a R$ 30, desembolo de pelos de R$ 10 a R$ 60, tosa e trimming (aparamento dos pelos) de R$ 35 a R$ 145 e banho comum de R$ 37 a R$ 110.

Há também tratamentos terapêuticos. Os banhos relaxante, revitalizante, antioxidante, calmante e tonalizante custam de R$ 48 a R$ 140. Os medicamentosos variam de R$ 50 a R$ 135.

Planos de saúde

Preocupados com a saúde dos pets, muitos tutores preferem desembolsar um valor mensalmente para garantir atendimento ao animal quando for preciso.

A Nofaro, por exemplo, dispõe com dois planos: o Nofaro Tranquilo, a R$ 49,90, e o Nofaro Ideal, R$ 89,90.

Os planos atendem cães e gatos, de todas as idades, raças e portes, inclusive com doenças pré-existentes, em consultas normais e de plantão, cirurgias, exames, internação.

O gato Serafim

Alex Araújo/g1

No Nofaro Ideal, além do que é coberto na modalidade Tranquilo, tem mais exames especiais, ecocardiograma, anestesia respiratória e mais de 40 tipos de cirurgia.

Em Minas Gerais, atualmente há 36 clínicas credenciadas – 22 clínicas e laboratórios e 14 volantes (volantes são veterinários que atendem em diferentes clínicas).

De acordo com a empresa, em 2020 foram realizados mais de 1.000 procedimentos e que 75% dos pacientes são cães e 25%, gatos. Somente em Belo Horizonte, a Nofaro possui mais de 1.000 pets como clientes.

Porto.Pet

A Porto.Pet também quer uma fatia do mercado e tem três tipos de planos: Ambulatorial, Essencial e Completo.

O Ambulatorial oferece os cuidados básicos como consultas, principais vacinas, atendimento emergencial, exames laboratoriais e simples de imagem.

Já o Essencial contempla todas as coberturas do plano Ambulatorial, com consultas com especialistas cirurgias (inclusive castração), internação, além de exames cardiológicos e de alta complexidade e check-up anual.

O Completo oferece todas as coberturas dos planos anteriores e também tratamentos complementares, como fisioterapia e acupuntura.

Além disso, a empresa oferece atendimento telefônico 24 horas, com veterinários de plantão; PetHome, com atendimento veterinário em casa e um Clube de Benefícios, com descontos em produtos e serviços, como banho, tosa, hotel, transporte, acessórios, brinquedos.

O cachorro Auberto Einstein

Matilha Real/Arquivo pessoal

Os planos partem de R$ 99, para serviços ambulatoriais, até a partir de R$ 299 pelo atendimento premium, incluindo fisioterapia e acupuntura.

De acordo com o CEO do grupo, Fabiano Lima, a Porto.Pet é o plano de saúde líder no Brasil e é voltada para cães e gatos, que somam cerca de 80 milhões de animais. Nessa indústria, apenas 0,2% dos pets possui plano de saúde no país.

Animais silvestres, como coelhos, por exemplo, ainda não podem usufruir do convênio.

Em Minas Gerais, os planos são aceitos em Belo Horizonte, Betim e Contagem, mas, segundo Lima, há planejamento de ampliar para todo o estado.

Atualmente são mais de 600 centros conveniados no Brasil, incluindo clínicas, hospitais e laboratórios.

Creche

Auberto e os amigos na creche Matilha Real, em Belo Horizonte

Matilha Real/Arquivo pessoal

E quem disse que os pets não têm direito à creche? A jornalista e empresária Luiza Lages é prova de que eles têm sim.

Tutora do cachorro sem raça definida (SRD), Auberto Einstein – se escreve com “U” mesmo – ela leva o cão para creche desde meados de 2021.

“Ele vai para a creche Matilha Real uma vez por semana. Nós pagamos R$ 240 por mês pelo serviço. Além de cumprir esse papel de socialização, ele adora”.

Einstein foi adotado no mesmo ano, com aproximadamente 8 meses, mas Luiza conta que ele era muito medroso, desconfiado e não reagia bem a novas pessoas e animais.

Auberto aproveita a piscina da creche

Matilha Real/Arquivo pessoal

“Chamamos uma adestradora para ajudar com essa adaptação. Depois de um tempo, quando ele já estava mais tranquilo, ela recomendou a creche, para que ele continuasse a socialização”, explica.

A jornalista disse que o cachorro fica “ansioso” para ir à creche e aproveita bastante o lugar.

“Sempre nos mandam fotos e vídeos dele interagindo com os cachorros, e ele brinca 100% do tempo e volta exausto”, declara.

No fim do ano, antes do recesso de Natal, funcionários da creche tiraram fotos dos cachorros, com o tema “colaução" de grau, com "U" mesmo. “Recebemos também um "boletim" com notas e um diploma”, diverte-se Luiza.

Auberto Einstein na 'colaução' de grau

Matilha Real/Arquivo pessoal

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Fonte: G1

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