No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 0,38%, cotada a R$ 5,3028.
O dólar amanheceu em queda nesta terça-feira (18), em meio à pausa no movimento global de fuga para a segurança da moeda.
Às 9h01, a moeda americana registrava baixa de 0,61%, cotada a R$ 5,2707. Veja mais cotações.
Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,38%, cotada a R$ 5,3028. Com o resultado, acumulou queda de 1,69% no mês e de 4,88% no ano frente ao real.
O que está mexendo com os mercados?
Apesar da desvalorização da moeda dos Estados Unidos no dia anterior, participantes do mercado alertavam para uma semana turbulenta em meio a temores globais de aperto monetário, tensões geopolíticas e incertezas político-fiscais domésticas.
Investidores acompanham ainda os desdobramentos eleitorais à medida que se acirra a disputa entre Bolsonaro e Lula para o segundo turno. No último domingo, foi realizado o primeiro debate presidencial após o primeiro turno das eleições.
No cenário externo, ajudava no sentimento dos mercados internacionais a notícia de que o novo ministro das Finanças do Reino Unido reverteu boa parte de um plano de corte de impostos que desencadeou ondas de estresse no mercado de títulos britânico e contaminou o apetite por risco global nas últimas semanas.
Investidores também descreviam o bom humor mundial como um ajuste em relação ao forte tombo de ativos considerados arriscados na sexta-feira, destaca a Reuters.
"Apesar de (o dólar) estar abrindo em queda, essa é uma semana um tanto quanto turbulenta quando a gente olha o cenário externo", disse à Reuters Renan Mazzo, chefe de câmbio da SVN Investimentos, citando preocupações com a guerra da Rússia na Ucrânia e a disseminação da Covid-19 na China.
A Rússia atacou cidades ucranianas com drones nesta segunda-feira, na segunda grande onda de ataques aéreos em um semana, enquanto, na China, o presidente Xi Jinping reiterou no fim de semana a eficácia de sua política de Covid-zero.
"Essas questões, somadas à questão da inflação global, preocupação com recessão, os bancos centrais subindo juros, (formam) um cenário bem turbulento... Tende a haver bastante volatilidade ao longo da semana", disse Mazzo.
O Goldman Sachs disse em relatório recente que "o dólar tem muita coisa jogando a favor dele no momento", já que dados econômicos norte-americanos têm se mostrado relativamente resilientes e há um forte apelo global por segurança em um ambiente de risco instável, ao mesmo tempo que "é difícil encontrar um candidato para ser substituto" da divisa norte-americana.