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Lula chama Alckmin de companheiro; ex-governador de SP fala em 'somar esforços'

Por Redação em 08/04/2022 às 12:42:23
Em evento em SP, PSB oficializou a indicação do nome do ex-governador como vice-presidente na chapa de Lula nas eleições de 2022. Alckmin e Lula em reunião entre diretorias do PSB e PT na manhã desta sexta (8)

Reprodução/GloboNews

O ex-presidente Lula chamou o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de "companheiro" durante discurso em evento que oficializou a indicação de Alckmin como vice-presidente na chapa com o PT nas eleições presidenciais de 2022.

"Alckmin, você será recebido como um velho companheiro dentro do nosso querido partido dos trabalhadores", disse Lula.

Alckmin abriu os discursos da reunião, e referiu-se ao ex-presidente inicialmente de maneira mais formal, como "senhor", e defendeu a união de esforços para redemocratizar o país.

"Política não é uma área de solitária, a força da política é centrípeta, nós vamos somar esforços aí pra reconstrução do nosso país. É lamentável, eu que entrei na vida pública, presidente Lula, como o senhor, lá atrás, para redemocratizar o Brasil, nós temos hoje um governo que atenta contra a democracia e atenta contra as instituições e o que melhor define as nações que vão bem é exatamente ter boas instituições, o inverso de boas instituições é autocracia, então o governo do "eu quero", do "eu faço por cima da lei", da vontade própria e do interesse público, do interesse do povo, o resultado é a maior crise das últimas décadas, violência e fome, violência e miséria", disse o ex-governador.

Em carta entregue pelo PSB ao PT, entretanto, Lula também é citado como "companheiro".

"Não temos qualquer dúvida de que é o companheiro Lula quem reúne as melhores condições para articular forças políticas amplas, capazes de dar à resistência democrática a envergadura que permitirá enfrentar e vencer o bolsonarismo", diz trecho da carta entregue pelo PSB ao PT.

O PT começa a discutir a aliança formal entre Lula e Alckmin na próxima reunião virtual do Diretório Nacional, marcada para 14 de abril. Porém, a formalização da aliança para efeitos estatutário e de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ocorrer apenas em 4 e 5 de junho, quando está marcado o Encontro Nacional da sigla. Nessa data, o PT também vai ratificar as alianças do partido nos Estados, segundo a assessoria da legenda.

O encontro marca a pré-campanha de Lula.

Em seu discurso, Lula ainda afirmou que, uma vez selada a aliança, o PSB será chamado para participar da elaboração do programa de governo e que o foco da aliança é para não apenas ganhar as eleições, mas "recuperar" o Brasil.

"É importante o PSB saber que na hora que for selada a definição do Alckmin vice, vocês vão participar da elaboração do programa de governo, vão participar da combinação da montagem do governo e, antes disso, a gente vai ter que combinar como ganhar essas eleições, porque é importante saber que se essa chapa for formalizada, não é só pra ganhar as eleições, talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa que nós teremos pra frente de recuperar esse país, nós vamos conversar com toda a sociedade brasileira".

Lula e Alckmin se encontram na manhã desta sexta (8)

Reprodução/GloboNews

Além do ex-presidente Lula e de Geraldo Alckmin, participam do evento o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito de SP, Fernando Haddad (PT), além do ex-governador de SP, Márcio França (PSB).

No contexto de negociação para a disputa presidencial deste ano, Alckmin e Lula apareceram juntos pela primeira vez no final de 2021, em jantar organizado por grupo de advogados em São Paulo.

Em 2006, os dois se enfrentaram no segundo turno da eleição presidencial. Lula foi reeleito para o segundo mandato.

Histórico

Alckmin se filiou em 23 de março ao PSB. No primeiro discurso após a filiação, o ex-governador de São Paulo defendeu o apoio do partido à candidatura de Lula e disse que o petista é, hoje, "aquele que melhor reflete o sentimento de esperança do povo brasileiro".

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-governador do estado Marcio França (PSB) foram os principais articuladores da aliança Alckmin e Lula.

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Trajetória de Alckmin

Um dos fundadores do PSDB, Alckmin deixou o partido no final de dezembro de 2021, após mais de 33 anos de trajetória na legenda.

Na ocasião, afirmou que era um "tempo de mudança" e "hora de traçar um novo caminho".

Formado em medicina, ingressou na política há 50 anos e, neste período, atuou em diversas funções: foi vereador, prefeito de Pindamonhangaba, deputado estadual, deputado federal, vice-governador e governador de São Paulo.

Alckmin disputou a Presidência da República duas vezes. Em 2006, quando perdeu no segundo turno para o ex-presidente Lula, e em 2018, quando ficou na quarta colocação, atrás de Jair Bolsonaro, Fernando Haddad e Ciro Gomes.

Fonte: G1

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