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Arena do Futuro: entenda como o ginásio vai se transformar em quatro escolas

Por Redação em 23/03/2022 às 04:37:35
Fachada e alguns materiais, como a estrutura elétrica, sanitária e divisórias, serão usadas nas obras de quatro escolas na Zona Oeste da cidade. Previsão é que desmonte e construção durem 15 meses. Arena do Futuro será desmontada e terá material levado para a construção de quatro escolas municipais do RIo

Cristina Boeckel/ g1

A Prefeitura do Rio começou na terça-feira (22) a obra para a desmontagem da Arena do Futuro, que recebeu os jogos do handebol nos Jogos Olímpicos de 2016. Boa parte do material será usado ara erguer quatro escolas, em uma transformação prevista desde o começo das obras de construção.

O processo deve durar 15 meses, de acordo com o cronograma da Prefeitura do Rio de Janeiro. O valor das obras é estimado em R$ 36.119.228,32.

O reaproveitamento do material retirado da Arena do Futuro, palco do handebol na Olimpíada de 2016 na construção de quatro escolas na Zona Oeste deve gerar uma economia de cerca de 15% a 20% nos valores da construção dos prédios, de acordo com o secretário.

Arena do Futuro: entenda como o ginásio vai se transformar em quatro escolas

Luiza Blanco/Arte G1

Duas desmontagens

A Arena do Futuro passará por dois tipos de desmontagem. A primeira é definida pelo secretário de Infraestrutura, Jorge Arraes, como uma desmontagem "cuidadosa", onde os materiais que podem ser reaproveitados serão retirados.

Nesta etapa, serão retirados os materiais que serão levados para as obras de quatro escolas que serão erguidas na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Escola Municipal Professora Mariza Vargas Menezes, em Rio das Pedras;

Escola Municipal José Mauro de Vasconcellos, em Bangu;

Escola Municipal Emiliano Galdino, em Santa Cruz;

Escola Municipal Nelcy Noronha, em Campo Grande.

Apenas a Escola Professora Mariza Vargas Menezes terá a estrutura atual preservada e uma nova construção será erguida em um terreno ao lado.

Nas outras três escolas, o prédio onde as escolas ficam será demolido e uma nova escola será erguida com a ajuda do material vindo da Arena do Futuro.

Materiais aproveitados

Na primeira fase de desmonte da Arena, de retirada de materiais que podem ser reaproveitados, a mesma fachada será usada para as instituições de ensino.

"O principal elemento da construção que será usado nas escolas será a fachada. A empresa vai entrar desmontando a fachada, que é toda modulada, e vai para a fachada das escolas", afirmou Arraes.

A fachada é feita de um material sintético com uma liga metálica.

Outros elementos da construção serão usados na escola: instalações sanitárias, como vasos e pias, elétricas e divisórias de alvenaria que serão usadas nas salas.

Outros itens, como aparelhos de ar-condicionado, tubulações e elevadores também serão retirados e reaproveitados em outras obras da prefeitura, mas não serão usados na obra das escolas.

Operário trabalha em obra na Arena do Futuro, que será desmontada e terá material levado para a construção de quatro escolas

Cristina Boeckel/ g1

Outra desmontagem

O resto do material será desmontado para descarte. Uma nova licitação, que está em processo de aprovação pelo Tribunal de Contas do Município (TCM) será realizada para esta etapa do desmonte da Arena do Futuro.

“O restante é material bruto. E este material será desmontado de maneira não cuidadosa, pois não precisa aproveitar, retirando o que sobrar de concreto e a estrutura metálica”, afirmou Arraes.

Depois de tudo, mais uma licitação será realizada para a licitação do aço que foi retirado das instalações da arena.

Realocação dos estudantes

As quatro escolas que receberão o material vindo da Arena do Futuro possuem cerca de mil estudantes. Mas este número pode aumentar, de acordo com a capacidade de expansão e transformação de ensino integral das estruturas das escolas.

A expectativa é que pelo menos dois mil estudantes sejam beneficiados.

As três escolas que terão as estruturas reconstruídas contam com um trabalho de realocação dos estudantes desde o fim do ano passado. Eles estão, provisoriamente, sendo transferidos para instituições maiores e próximas.

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, o processo de realocação não é raro.

“A escola do Jardim Bangu, a Escola José Mauro de Vasconcellos, foi abrigada pela Escola Rafael, que tem uma capacidade muito maior e, a partir do ano que vem, ela volta a ocupar este espaço físico. A gente está acostumado a fazer essas adequações. Obviamente que a escola que passa a hospedar também passa por algumas transformações para conseguirmos ter a capacidade de atendimento adequado”, afirmou o secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha.

Prefeito Eduardo Paes dá início a obras de desmontagem da Arena do Futuro

Cristina Boeckel / g1

Pregão adiado

Em setembro, a Prefeitura do Rio de Janeiro adiou a licitação para escolher a empresa que desmontaria a arena e o Parque Aquático olímpico.

Na ocasião, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura, o processo estava em análise no Tribunal de Contas do Município (TCM) e, após a avaliação dos conselheiros, seria feita uma nova publicação no Diário Oficial.

A licitação da desmontagem cuidadosa com o reaproveitamento de material aconteceu no dia 12 de janeiro.

A construção das escolas em pontos da Zona Oeste do Rio foi anunciada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD) como um importante legado olímpico — um conjunto de estruturas que ficariam disponíveis para a cidade após os Jogos de 2016. Em julho, sete anos após a Rio 2016, a prefeitura informou que as escolas ficariam prontas em 2023.

Sem legado

Em julho, o g1 publicou um especial sobre o que ficou para os cariocas após a Olimpíada: a Estação Gávea da Linha 4 do metrô segue com obras paradas, a Vila Olímpica tem apenas um terço de ocupação, e o VLT não atingiu metade da meta prevista.

O Parque Olímpico, onde fica a Arena do Futuro, passa a maior parte do ano fechado. A promessa era transformá-lo em um complexo de lazer com diferentes usos.

Fonte: G1

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