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Black Friday: veja dicas para que as compras não virem dor de cabeça

Por Redação em 26/11/2021 às 05:59:56
O coordenador do Procon-MG, promotor de Justiça Glauber Tatagiba, explica que, nesse período de promoções, os principais problemas são por causa do descumprimento de oferta. Desconto na Black Friday (imagem ilustrativa)

Chico Escolano/EPTV

A Black Friday começa nesta sexta-feira (26) e muitos consumidores estão à espera de descontos que realmente façam diferença no bolso.

Mas, para não cair em ciladas, o Procon Estadual de Minas Gerais (Procon-MG) e o Procon de Belo Horizonte (Procon-BH) dão orientações e fazem alertas para que as compras não virem dor de cabeça.

De acordo com o Procon-MG, órgão do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), junto com as publicidades feitas começam a chegar reclamações nos órgãos de Defesa do Consumidor, relacionadas a ofertas enganosas, problemas com a entrega de produtos ou com preços, além de golpes e práticas que caracterizam infrações aos direitos do consumidor.

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O coordenador do Procon-MG, promotor de Justiça Glauber Tatagiba, explica que, nesse período de promoções, os principais problemas são por causa do descumprimento de oferta. Ele cita como exemplo a publicidade enganosa de preço, que acontece quando a loja anuncia um valor, mas na hora de pagar, aparece outro.

Tatagiba ainda menciona problemas por descumprimento do prazo de entrega, cancelamento da compra feita pelo fornecedor (muitas vezes, alegando esgotamento de estoque), e entrega de produto diferente do que foi adquirido (com relação ao modelo, à quantidade ou à qualidade).

Ele alerta que o número de golpes no comércio eletrônico aumentou com a pandemia porque o impulso ocorreu pela mudança de hábito, que passou a comprar mais on-line, e pela adaptação dos fornecedores, que incluíram o meio digital como opção para as vendas. Veja, a seguir, as dicas.

Procon-MG dá dicas:

Impulso ao consumo

Nessa época, as mensagens publicitárias impulsionam a prática do consumo desnecessário e, muitas vezes, com consequências como o endividamento. Caso o consumidor decida aproveitar uma promoção, ele deve ter certeza de que o valor é realmente promocional. O Procon-MG recomenda ainda dar preferência para pagamentos à vista e sempre guardar todos os documentos relativos à compra.

Monitoramento de preços

Monitore o preço da mercadoria que pretende adquirir. Anote os valores encontrados e as respectivas lojas. Se possível, utilize aplicativos ou sites especializados em monitoramento de preços. Assim, você conseguirá saber se os descontos realmente valem a pena.

Preços muitos baixos

Desconfie de preços muito abaixo da média do mercado. Isso pode sinalizar golpe ou produto com qualidade ruim.

Divergência de preços

Atenção para a diferença de preço ao finalizar a compra. Assim como nas lojas físicas, nas compras virtuais há registros de alteração do preço após a seleção do produto e, principalmente, quando se inicia o processo de pagamento.

Venda casada

Cuidado com preços promocionais que são atrelados a compras e contratos casados, que é a situação em que a aquisição de um produto ou serviço custa menos quando adquirido junto a outro produto ou serviço. Caso a informação não esteja clara na oferta ou na publicidade, poderá ser considerada prática infrativa.

Verifique, no preço total do produto, se consta, de forma camuflada, algum valor referente à garantia estendida ou seguro similar. A imposição desses serviços sem que o consumidor tenha solicitado constitui venda casada.

Parcelamento de preços

Esteja atento às formas de pagamento oferecidas pelo site e, se optar por pagar parcelado, sempre verifique se o valor não será demasiadamente aumentado. Às vezes, a promoção é realmente boa se o pagamento for à vista. E lembre-se: as lojas podem cobrar valores diferenciados de acordo com a forma de pagamento escolhida (boleto, cartão de crédito, cartão de débito, cartão próprio etc.), mas isso precisa ser claramente informado ao consumidor.

Longos prazos de entrega

Verifique o prazo de entrega, pois ele pode ser determinante para sua decisão de compra. Quando o prazo for muito longo se comparado ao prazo de lojas tradicionais, desconfie. Muitas vezes, essa é uma estratégia é utilizada por golpistas, ou seja, quando o consumidor percebe que há algo errado, já se passou muito tempo.

Frete

Confira também o preço do frete. Às vezes, a oferta parece boa, mas o valor do frete não compensa a compra.

Compras internacionais

Caso compre em lojas ou sites no exterior, verifique a incidência de tributos de importação (imposto federal) e, em alguns estados, do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Além disso, há ainda o valor de Despacho Postal dos Correios. Na dúvida, visite sites que auxiliam no cálculo desses tributos e do valor do Despacho Postal e faça uma simulação dos custos que você provavelmente terá que arcar. Mas lembre-se de que, na eventualidade de problemas, a solução poderá ser mais complexa, uma vez que a loja pode não ter representação no país.

Reputação da loja ou vendedor

Busque informações sobre a reputação do fornecedor na internet, em redes sociais, com amigos e familiares. Verifique as avaliações negativas e quais situações que as motivaram. Mas atenção: a ausência de avaliações sobre o fornecedor, sejam positivas ou negativas, também representa necessidade de maior cuidado, pois isso pode significar que a loja ou site on-line tem pouco tempo de atuação, não sendo possível identificar sua reputação. Consulte, também, o site, que, além de servir como meio alternativo para resolução de conflitos entre consumidor e fornecedores cadastrados, apresenta dados que demonstram o comportamento da empresa no mercado de consumo.

Golpes

Entre no site da loja pelo endereço oficial e não por meio de links que aparecem em redes sociais, aplicativos de mensagens (SMS, WhatsApp, Telegram) e e-mails. Utilizar esses links para acessar lojas on-line representa um grande risco para o consumidor, que poderá ser direcionado para sites clonados (páginas falsas) ou para algum tipo de programa eletrônico malicioso (vírus, spyware), sendo possível, então, a captura de dados do dispositivo eletrônico e o cometimento de fraudes ou golpes.

Documentação

Guarde todos os registros de sua compra, como e-mails de confirmação, comprovante de pagamento, códigos de rastreamento e de realização da compra. Se possível, salve e arquive a tela de cada etapa da compra.

Direito de arrependimento

Conforme o artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), “o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio”.

Nas compras em lojas físicas, em que o consumidor está presente no estabelecimento, a troca do produto por simples arrependimento é uma liberalidade da empresa.

Pagamento por depósito, transferência ou PIX

Em compras on-line, caso não conheça bem a reputação do fornecedor, evite fazer depósitos direto em contas bancárias, transferências ou PIX. O recomendável é pagar por meio de cartões de crédito ou boleto bancário, sendo, nessa última hipótese, imprescindível conferir, no momento do pagamento (seja pelo computador, no smartphone, no caixa eletrônico ou no caixa convencional), se o nome do beneficiário está correto. De qualquer forma, sempre é importante verificar, antes da compra, a reputação do fornecedor!

Prazos para reclamar

Lembre-se de que o prazo para reclamar de vícios aparentes ou de fácil constatação é de trinta dias, tratando-se de fornecimento de produtos não duráveis, ou noventa dias, tratando-se de fornecimento de produtos duráveis. Por isso, se comprou um produto que não será utilizado imediatamente, retire-o da embalagem e teste o seu funcionamento.

Como reclamar?

Identifique os canais que o fornecedor disponibiliza para atendimento ao consumidor em que uma reclamação possa ser feita por escrito (e-mail e aplicativos de mensagens) ou endereço físico.

Nesses canais ou no endereço físico, formalize sua reclamação, por escrito, utilizando o modelo disponibilizado no site do Procon-MG.

Caso a empresa não responda ou a resposta seja negativa, verifique se ela está cadastrada na plataforma. Caso esteja, faça seu cadastro e registre sua reclamação.

Se empresa não estiver cadastrada ou se o problema não for resolvido na plataforma, formalize uma reclamação no Procon de sua cidade ou no Juizado Especial de sua comarca.

Link para registro de manifestação na Ouvidoria do Procon-MG.

Procon-BH também dá dicas:

Desconfie de promoções "exageradas" em que o produto desejado apareça com 80%, 90% de desconto. É aquela história: "a esmola quando é muita o santo desconfia". Suspeite quando houver desproporção entre o valor ofertado e o valor de mercado. Nesse sentido, a dica é buscar as ofertas do mesmo produto em outros sites. Também é importante que os consumidores leiam as letrinhas miúdas e vejam o regulamento dos termos e condições das promoções.

Verifique se os sites são verdadeiros, principalmente nas compras feitas em links recebidos por mensagens de aplicativo ou outros canais. Dica: tentar achar a mesma promoção nos sites de busca, a fim de evitar fraudes. Às vezes criminosos se fazem passar por grandes marcas/lojas para induzir os consumidores a erro.

Em casos de primeira compra em empresa desconhecida: verificar a reputação da empresa. Existem boas ferramentas que permitem afirmar se uma empresa é confiável ou não, como os sites "Reclame Aqui" e "Consumidor.gov.br". Nesses sites é possível ver também os problemas mais comuns e o encaminhamento dado a cada caso pelas empresas.

Evite comprar usando redes de internet wi-fi. Isso vale não só para compras em Black Friday, mas para quaisquer transações feitas on-line. As redes de wi-fi são mais sujeitas a “invasões”, com rastreamento de dados pessoais dos consumidores.

Sempre que possível, evite pagamentos por boleto ou PIX. Dê preferência para os pagamentos em cartões de crédito, que estão sujeitos à validação e a um maior suporte da operadora do cartão. Se for pagar por PIX ou boleto, verifique sempre se os dados do beneficiário coincidem com o nome da marca ou da empresa onde a compra está sendo feita.

Verifique condições e penalidades de cancelamento: no caso de contratos de prestação de serviço continuada ou a se realizar em data futura (como cursos ou viagens, por exemplo), o consumidor deve solicitar – no ato da contratação – informações sobre seu cancelamento e, se possível, que o vendedor aponte onde constam referidas informações no contrato, para que sejam evitadas surpresas desagradáveis em momento futuro.

Em casos de compras presenciais: conferir o valor passado na maquininha de cartões. Um golpe comum é o fornecedor passar um valor maior e cobrir discretamente o visor ao passar a maquininha ao cliente.

Algumas grandes lojas e marcas realizam promoções durante todo o mês de novembro, e não somente no dia da Black Friday. Nesse sentido, é possível que no dia não haja – de fato – maiores descontos. Pode acontecer, também, de as empresas aumentarem os valores às vésperas da Black Friday, para – quando chegar o dia – dar um falso desconto. Por isso, o ideal é monitorar os preços dos produtos desejados durante todo o mês das ofertas, para que faça os negócios de maneira mais consciente.

Compras internacionais: sites como a Amazon, Mercado Livre, Shopee que atuam no Brasil, comercializam produtos importados. Os consumidores devem ficar atentos quanto aos prazos de entrega e possíveis taxações.

Link para atendimento no Procon PBH ou procure o Procon da sua cidade.

CDL quer Black Friday estendida

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) orientou os comerciantes da capital a ampliarem o prazo da Black Friday até o dia 30, próxima terça-feira.

De acordo com a entidade, essa sugestão é motivada pelos reflexos da greve dos motoristas de ônibus da capital no início da semana.

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Fonte: G1

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