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Governo eleva projeção para a safra recorde de grãos para 272,3 milhões de toneladas

Por Redação em 11/03/2021 às 10:19:39
Apesar de problemas climáticos e atraso nas lavouras, estimativa aumentou em 4 milhões de toneladas em relação a fevereiro. Volume é 6% maior do que a colheita passada. Safra de

Ana Clara Marinho/TV Globo

O governo elevou em 4 milhões de toneladas a estimativa para a produção de grãos na safra 2020/21 nesta quinta-feira (11), em relação à projeção de fevereiro, para 272,3 milhões de toneladas, apesar das chuvas que atrasam os trabalhos nas lavouras.

Boa rentabilidade das lavouras e demanda mundial aquecida por programas de segurança alimentar são alguns dos fatores que explicam essa alta, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab),

A estatal responsável por gerir políticas agrícolas e garantir o abastecimento de alimentos à população brasileira.

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Em relação à safra de 2019/20, o volume esperado para essa temporada é 6% maior (+15,4 milhões de toneladas).

O avanço na projeção para esta safra foi puxada, principalmente, pelo aumento da expectativa da colheita do milho 2ª safra, para 82,8 milhões de toneladas, um volume recorde.

O gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Maurício Lopes, explica que essa alta se deve a uma expansão da área plantada em relação à safra passada, de 14,7 milhões de hectares.

"[O aumento de área plantada é] muito impulsionado pela boa rentabilidade que as lavouras vêm apresentando, apesar de ainda ser uma safra cheia de variáveis, principalmente com relação à atraso no plantio", diz Lopes.

No caso da soja, a cultura vem mantendo a tendência de crescimento na área cultivada. Nesta safra, a estatal prevê crescimento de 4,1% em relação ao ciclo passado, com uma área de 38,5 milhões de hectares e produção de 135,1 milhões de toneladas.

Demanda por alimentos em alta no mundo

O aumento da projeção de safra de grãos também se explica pelo fato de a demanda por alimentos continua alta, explica o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sergio De Zen.

"Isso é fruto das medidas de proteção social que estão sendo implementadas mundo afora. [...] Ontem, nós tivemos nos EUA a aprovação de um programa bastante arrojado de apoio, isso gera consumo. Nós estamos tendo na Europa, na Ásia, programas de segurança alimentar. Até mesmo na África, nós estamos tendo notícias", disse Zen.

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Já em relação à estimativa realizada no mês passado, houve um aumento de 4 milhões de toneladas, graças principalmente ao crescimento de 6,7% na área de plantio do milho segunda safra. A pesquisa de campo foi realizada na última semana de fevereiro.

A previsão para o cereal é de uma produção total recorde, com a possibilidade de superar em 5,4% a safra 2019/20 e atingir mais de 108 milhões de toneladas. O volume histórico deve-se à participação assim distribuída: 23,5 milhões de toneladas na primeira safra, 82,8 milhões na segunda e 1,8 milhão na terceira safra.

No caso da soja, a cultura vem mantendo a tendência de crescimento na área cultivada. Nesta safra, há possibilidade de crescer 4,1% em relação ao ciclo passado, com uma área de 38,5 milhões de hectares e produção de 135,1 milhões de toneladas.

O feijão também marca presença evolutiva e crescimento estimado de 1,6% na produção das três safras, totalizando 3,3 milhões de toneladas. A primeira está em fase final de colheita, já a segunda, em fase final de plantio. A terceira começa o plantio a partir da segunda quinzena de abril.

Já para o arroz, há uma redução de 1,9% na produção frente à safra anterior, com uma produção prevista de 11 milhões de toneladas. Pouco mais de 10 milhões de toneladas são colhidas em cultivo irrigado e 900 mil em sequeiro. O algodão segue na mesma linha, com redução de 14,5% na área cultivada e produção de 6,16 milhões de toneladas de algodão caroço, correspondendo a 2,5 milhões de toneladas de pluma. Para o amendoim, em melhor situação, o crescimento é de 2,7% na área total e produção estimada em 575 mil toneladas, 3,1% acima da obtida em 2019/20.

Área total – A área de plantio apresenta um aumento de 3,6% sobre a da safra anterior, estimada atualmente em 68,3 milhões de hectares. Após a colheita, principalmente da soja e do milho primeira safra, são plantadas as lavouras de segunda e terceira safras e as de inverno em sucessão, que totalizam cerca de 20 milhões de hectares.

Mercado de Grãos – Algodão em pluma continua com um cenário positivo no mercado internacional. Com isso, as exportações no acumulado de janeiro a fevereiro aumentaram 6,4% em relação ao último ano. No caso do milho, os embarques continuam lentos, com previsão de exportações em 35 milhões de toneladas para a safra atual, praticamente igual ao que foi observado para a safra 2019/2020. Para a soja, estima-se a venda de 86,1 milhões de toneladas, com aumento de 3,7% em relação ao último ano. Caso se confirme, será um recorde da série histórica. Já para o arroz, as exportações em fevereiro estão em ritmo menor, comparado ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano, houve queda de 56% no volume exportado, ocasionada pelo menor nível de estoques em dezembro e baixa disponibilidade do produto no início deste ano.

Fonte: G1

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