Disputa pelos comandos da Câmara e do Senado e 'fator Macapá' devem paralisar agenda do Congresso

Após as eleições municipais, Congresso tem o desafio de acelerar as votações

Líderes de vários partidos estão preocupados com um novo entrave político para acelerar a agenda de votações no Congresso: o “fator Macapá”. Isso porque a capital do Amapá foi a única onde não houve votação para prefeito, o que ocorrerá neste mês de dezembro. E o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), está diretamente envolvido com o pleito, pois o seu irmão Josiel é candidato.

“Se o Congresso ficou parado nestes últimos meses por causa das eleições municipais, agora terá uma dificuldade adicional, pois a eleição de Macapá tem exigido a atenção redobrada de Alcolumbre”, disse ao blog um experiente líder partidário.

Mesmo com a definição da pauta para votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias em dezembro, há o reconhecimento no Legislativo da enorme dificuldade para retomar a agenda do Congresso, inclusive do próprio Orçamento, além das emendas constitucionais.

Líderes apontam que o principal fator da paralisia do Legislativo é a disputa pelos comandos da Câmara e do Senado. Por causa disso, nem a Comissão Mista de Orçamento foi instalada.

E ainda há um clima de expectativa em relação a votação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a possibilidade de reeleição para presidências das duas Casas.

A sinalização de ministros do STF é que essa é uma questão interna do Legislativo. Caso essa decisão seja confirmada pelo plenário, o tema vai dominar as atenções do Congresso, impedindo o avanço da pauta das reformas.