Mercosul e União Europeia vão se reunir em Brasília por acordo comercial

Encontro presencial entre negociadores dos dois blocos vai acontecer semana que vem, na capital federal; videoconferências continuam em ritmo semanal para acelerar acordo Negociadores do Mercosul e da União Europeia vão se reunir na semana que vem em mais uma rodada nas negociações com o objetivo de selar um acordo comercial entre os dois blocos. O encontro acontecerá de forma presencial, em Brasília. Na semana passada, o Brasil, que ocupa a presidência temporária do Mercosul, encaminhou a resposta ao Protocolo Adicional enviado pelos europeus no mês de abril.

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Agora, a expectativa é de que os diplomatas encarregados das negociações discutam comentários e sugestões para que o texto do acordo seja formalmente fechado. Segundo o Itamaraty, além do encontro presencial, outras conversas vêm acontecendo em ritmo semanal, em formato de videoconferência. O sentimento, entre diplomatas brasileiros, é de que avanços foram feitos.

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O Mercosul reafirmou aos europeus compromissos já assumidos, sobretudo a respeito do desenvolvimento sustentável e de comércio. Conforme o presidente Lula já manifestou publicamente em diferentes oportunidades, o Brasil deixou claro, junto aos demais parceiros do bloco, que uma postura de confrontação por parte dos europeus é dispensável e rejeitada. O Mercosul destacou que, após 20 anos de negociações, esta é a janela ideal para se finalizar de forma rápida o acordo.

Compras governamentais

O Brasil manifestou, no documento, de forma indireta, o receio com o tópico do acordo envolvendo compras governamentais. A União Europeia defende que empresas de membros dos dois blocos possam participar sob condição de igualdade de licitações governamentais em todos os países pertencentes ao acordo. Um anexo do acordo, onde se debatem ofertas deste porte, poderá ser modificado sem que seja necessário rediscutir todo o negócio entre os dois blocos.

Nesta terça-feira (26), o presidente Lula reafirmou que o Brasil já informou à União Europeia que não abre mão do ponto das compras governamentais nas negociações do acordo entre a UE e o Mercosul.