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Braga Netto 'prometeu interferir a nosso favor', diz general em mensagens obtidas pela PF

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Por Redação em 14/09/2023 às 07:56:46
Mensagem obtida pela PF na operação Perfídia, que investiga compra de coletes

PF/Reprodução

O general Paulo Roberto Correa Assis, alvo de buscas da Polícia Federal na operação Perfídia, trocou mensagens com investigados nas quais prometia que o então interventor na segurança do Rio de Janeiro, Walter Souza Braga Netto, atuaria em favor do grupo.

A operação deflagrada nesta terça-feira (13) investiga suposta fraude na compra de coletes balísticos durante a intervenção federal na segurança do Rio, durante o governo Michel Temer.

As mensagens obtidas pelo blog compõem o inquérito e o pedido da PF, aceito pela Justiça e que resultou nos mandatos desta quarta.

A Polícia Federal descreve o general Paulo Assis como alguém "contratado pelo grupo para fazer lobby, junto ao alto escalão do governo".

Segundo as investigações, "o general sempre vangloriava de sua amizade com o vice-presidente, General Hamilton Mourão e do General Braga Netto, Chefe do Estado-Maior do Exército e, em seguida, Ministro-Chefe da Casa Civil do Brasil".

Em uma das mensagens em poder da investigação, de dezembro de 2019, o general escreve: "Almocei com o Gen Braga Netto, que me prometeu interferir a nosso favor. Portanto tudo bem encaminhado".

Entenda a operação desta semana no vídeo abaixo:

PF quebra sigilo de Braga Netto em investigação de suspeitas de fraude em contratos da intervenção federal na segurança do RJ

No dia seguinte , o general envia uma mensagem para o e-mail oficial da pessoa responsável pelos pareceres do processo de compra dos coletes, Jorge Menezes.

Em razão da intervenção federal, Menezes era vinculado diretamente à Presidência da República e usava um e-mail "@presidencia.gov.br".

Na mensagem, ele repete o que já havia dito no dia anterior – que havia almoçado com Braga Netto, à época ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, e que o militar teria prometido "uma força".

"Prezado Dr Jorge, estive num almoço na sexta-feira passada com o Gen Braga Netto e comentei sobre a liberação dos coletes de proteção balística para a Polícia do RJ, em estudo nesta Casa Civil da PR. Ele disse que iria dar uma 'força' junto ao Sr para atender ao que pleiteamos", diz a mensagem.

E-mail obtido pela operação Perfídia, da PF, que investiga fraude em compra de coletes balísticos

PF/Reprodução

A PF destaca no relatório que esses e-mails foram trocados usando uma conta oficial da Presidência da República.

Ainda de acordo com os investigadores, o objetivo da contratação do general Paulo Assis "nunca foi a eventual expertise na atividade de consultoria".

Segundo o inquérito, o general era atrativo para o grupo pelo "poder de influência para que algum ato seja praticado por servidor público no interesse da organização criminosa".

Fonte: G1

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