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Lula viaja para cĂșpula na BĂ©lgica após ter dado ultimato à União Europeia sobre acordo com Mercosul

Por Redação em 15/07/2023 às 12:56:00

O presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva (PT) embarcarĂĄ neste sĂĄbado a Bruxelas, capital da Bélgica e sede da União Europeia, para a terceira edição da cĂșpula entre os paĂ­ses da Celac (Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e do bloco europeu. Estão previstas na pauta do encontro temas como mudanças climĂĄticas, inclusão digital, combate ao crime transnacional, desenvolvimento sustentĂĄvel e recuperação global pós-pandemia da Covid-19. Oficialmente, o acordo entre Mercosul e UE não serĂĄ discutido, mas Lula quer aproveitar a passagem pelo Velho Mundo para destravĂĄ-lo. Na sexta-feira, 14, o Brasil, que ocupa temporariamente a presidĂȘncia do Mercosul, enviou aos outros paĂ­ses do bloco a contraproposta após as exigĂȘncias europeias sobre metas climĂĄticas a serem cumpridas pelos sul-americanos. Este adendo colocado em 2023 irritou Lula, que vem falando alto com a UE.

Em 12 de junho, quando a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, esteve em BrasĂ­lia, não usou meias-palavras para mostrar seu descontentamento com as exigĂȘncias da Europa. "Expus à presidente Von der Leyen as preocupações do Brasil com o instrumento adicional ao acordo apresentado pela União Europeia em março deste ano, que amplia as obrigações do Brasil e a torna objeto de sanções em caso de descumprimento. A premissa que deve existir entre parceiros estratégicos é a da confiança mĂștua e não de desconfiança e sanções. Em paralelo, a União Europeia aprovou leis próprias com efeitos extraterritoriais e que modificam o equilĂ­brio do acordo. Essas iniciativas representam restrições potenciais às exportações agrĂ­colas e industriais do Brasil", declarou o petista. Onde dias deois, encontrou-se com o presidente francĂȘs Emannuel Macron, em Paris, e manteve o discurso. "A carta adicional que foi feita pela União Europeia não permite que se faça um acordo. Nós vamos fazer a resposta, e vamos mandar a resposta, mas é preciso que a gente comece a discutir. Não é possĂ­vel que nós tenhamos uma parceria estratégica e haja uma carta adicional fazendo uma ameaça a um parceiro estratégico."

A expectativa é que Lula não volte a falar publicamente sobre o tema, mas reforce em encontros bilaterais a sua vontade de concluir o mais rĂĄpido possĂ­vel o acordo. Além da cĂșpula, o presidente brasileiro participarĂĄ de um evento sobre a "reforma da arquitetura financeira internacional", de um fórum empresarial, de reuniões com Bélgica, Áustria e Suécia e de uma reunião entre lĂ­deres progressistas. Alemanha, Argentina, Chile, Colômbia, Dinamarca, Espanha, Portugal, RepĂșblica Dominicana e Suécia. "Essa viagem é importante para dar um novo impulso às relações bilaterais, num contexto de tensões geopolĂ­ticas, com aumento da pobreza e da fome", destacou o Itamaraty. O petista regressarĂĄ ao Brasil na quarta-feira, 19.

Fonte: JP

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