Ibovespa abre em baixa, acompanhando mau humor no exterior

No dia anterior, o principal índice do mercado de ações brasileiro subiu 0,85%, aos 106.042 pontos. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em baixa nesta terça-feira (9), acompanhando o dia negativo no exterior e com investidores repercutindo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Às 10h05, o índice caía 0,35%, aos 105.667 pontos. Veja mais cotações.

As ações da Vale e da Petrobras, empresas com maior peso na composição do Ibovespa, subiram mais de 1% na sessão. O setor financeiro, de grande peso no índice, também fechou em alta.

Na segunda-feira, o Ibovespa teve alta de 2,91%, aos 102.174 pontos. Com o resultado, passou a acumular:

Alta de 0,85% na semana;

Ganhos de 1,54% no mês;

Recuo de 3,36% no ano.

O que está mexendo com os mercados?

A terça-feira começou com a divulgação da ata do Copom, após a reunião em que o colegiado manteve a taxa Selic em 13,75% ao ano, na semana passada.

O comitê afirmou que a aprovação de um arcabouço fiscal "sólido e crível" pelo Congresso Nacional pode ajudar no combate à inflação ao reduzir as expectativas de pressões sobre os preços e incerteza na economia.

No entanto, a ata reiterou que a inflação brasileira segue bastante pressionada e que pode voltar a subir com mais força no segundo semestre do ano.

O mercado também segue repercutindo a indicação, na véspera, de Gabriel Galípolo, atual braço direito de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda, à diretoria de política monetária do Banco Central do Brasil.

Em entrevista ao podcast O Assunto, Solange Srour, economista-chefe do Credit Suisse Brasil, afirmou que "as declarações que ele (Galípolo) vai dar serão muito importantes, assim como as primeiras ações do Banco Central, para que o mercado veja ele como alguém não tão dependente do Ministério da Fazenda."

Quem é Gabriel Galípolo

Na China, as importações despencaram 7,9% em abril, em comparação ao mesmo período do ano passado, enquanto as expectativas do mercado apontavam para uma leve alta de 0,5%.

Já as exportações avançaram 8,5%, também na comparação anual, antes projeções de 6,0%.