Moraes atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da RepĂșblica (PGR), que alegou a necessidade de separar cada eixo de investigação e otimizar recursos. A decisão é sigilosa e seu conteĂșdo não foi divulgado. Com a nova autorização, agora hĂĄ sete inquéritos no Supremo relacionados aos atos golpistas.
Outra investigação apura a atuação de pessoas presas em acampamentos golpistas montados em frente a unidades militares por todo o paĂs, em especial em frente ao quartel-general do Exército, em BrasĂlia. Na semana passada, Moraes manteve 942 pessoas em prisão preventiva.
HĂĄ ainda outra frente de apuração na qual são alvos autoridades suspeitas de omissão ou conivĂȘncia com os atos golpistas, incluindo o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e o ex-secretĂĄrio de Segurança PĂșblica do DF, Anderson Torres, que é também ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro.
"As investigações tĂȘm como objeto a apuração dos crimes de terrorismo (artigos 2Âș, 3Âș, 5Âș e 6Âș) previstos na Lei 13.206/2016, e de outros seis crimes previstos no Código Penal: associação criminosa (artigo 288); tentativa de abolição violenta do Estado DemocrĂĄtico de Direito (artigo 359-L); tentativa de golpe de Estado (artigo 359-M); ameaça (artigo 147); perseguição (artigo 147-A, § 1Âș, III); e incitação ao crime (artigo 286)", informou o Supremo.
Desde que o presidente Lula foi eleito em segundo turno, no final de outubro, apoiadores do ex-presidente Bolsonaro demonstram inconformismo com o resultado do pleito e pedem um golpe militar no paĂs, para depor o governo eleito democraticamente.
As manifestações dos Ășltimos meses incluĂram acampamentos em diversos quartéis generais do paĂs e culminaram com a invasão e depredação das sedes dos TrĂȘs Poderes, no Ășltimo dia 8.
Fonte: EBC