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Epidemiologista-chefe dos EUA diz que faltou transparĂȘncia à China nas medidas contra a Covid-19

Por Redação em 28/11/2022 às 07:06:40

O epidemiologista-chefe do governo dos Estados Unidos, Anthony Fauci, disse neste domingo, 27, que faltaram transparĂȘncia e maior proteção para as pessoas mais vulnerĂĄveis por parte do governo da China em sua estratégia no combate à Covid-19. "Em tudo com o que tivemos que lidar em décadas, seja a gripe aviĂĄria ou a Sars original, em 2002, mesmo quando não hĂĄ nada a esconder, eles agem de forma suspeita e não transparente", disse Fauci. O epidemiologista, que vai deixar o cargo no governo em dezembro, disse acreditar que as autoridades da China podem ter adotado esse modo de agir para não serem vistas como culpadas pela pandemia. "A culpa não é sua se algo evolui em seu paĂ­s, mas vamos descobrir o que aconteceu para que possamos ser transparentes a respeito e evitar que isso se repita no futuro", afirmou.

O epidemiologista, a face pĂșblica da resposta do governo americano à pandemia, acrescentou que a contenção na China tem sido particularmente severa, mas sem que o objetivo seja passado claramente para a população. "O objetivo final era que todas as pessoas fossem vacinadas. Assim vocĂȘ pode entender os confinamentos temporĂĄrios (como os do inĂ­cio). Mas eles entraram em confinamentos prolongados sem ganho aparente, o que não faz sentido do ponto de vista da saĂșde pĂșblica", disse ele. Fauci acrescentou que os idosos não foram protegidos, com as autoridades "se certificando de que foram vacinados". O epidemiologista americano enfatizou que embora as evidĂȘncias cientĂ­ficas sugiram fortemente que o vĂ­rus teve origem natural e não devido a um vazamento em um laboratório, a Ășnica maneira de pôr um fim a possĂ­veis teorias de conspiração é a total transparĂȘncia e cooperação de Pequim, algo que não tem sido possĂ­vel.

A China enfrenta uma onda de protestos populares contra o lockdown imposto pela polĂ­tica de "Covid zero" implementada pelo governo. As manifestações se espalham pelas principais cidades do paĂ­s e desafiam a força do regime polĂ­tico chinĂȘs, chegando a pedir o fim da hegemonia do Partido Comunista ChinĂȘs e também a renĂșncia do lĂ­der-supremo da nação, Xi Jinping. Os protestos teriam sido motivados pela morte de dez pessoas na Ășltima semana em um incĂȘndio dentro de um apartamento. O resgate das vĂ­timas teria sido atrasado por causa da polĂ­tica de lockdown imposta pelas autoridades chinesas.


Fonte: JP

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