PGR se posiciona contra transferência de Roberto Jefferson para hospital particular

Após a defesa do ex-deputado federal Roberto Jefferson pedir que político saia do presídio e seja transferido para um hospital particular na capital do Rio, a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) se mostrando contrária ao pedido. A vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo argumentou que, apesar do relatório realizado pelo médico particular de Jefferson, o sistema de saúde da Administração Penitenciária não se posicionou sobre o novo laudo médico e nem indicou se possui condições de oferecer o atendimento médico necessário. "Diante do exposto, a Procuradoria-Geral da República requer, em caráter de urgência, seja determinada à Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro a elaboração imediata de laudo médico que aponte a capacidade ou não do hospital penitenciário tratar o paciente e realizar exames imprescindíveis diante do atual estado de saúde". O documento conclui que o órgão é contrária a transferência imediata, mas que o pedido poderá ser avaliado novamente após a manifestação da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro.

Na solicitação, representantes do ex-parlamentar afirmaram que o mesmo apresenta um extenso histórico de problemas de saúde e que houve uma piora significativa em seu quadro desde a prisão, ocorrida em 23 de outubro, após o ex-congressista arremessar três granadas e atirar contra agentes da Polícia Federal (PF). Com isso, Jefferson necessitaria de uma internação com urgência em "ambiente hospitalar adequado". A petição ainda ressalta que Roberto pode contrair uma trombose e colangite, ou seja, uma inflamação das vias biliares já que o presídio não teria estruturas para atendê-lo. "É necessário que seja adotada uma medida de urgência para preservar a sua vida", argumenta parte do pedido. Na noite da última quinta-feira, um médico de Jefferson foi até Bangu 8 para atender o ex-presidente de honra do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e foi o profissional da saúde que sugeriu a internação após uma lista de exames laboratoriais e radiológicos. Os resultados foram anexados no pedido aos ministros da Suprema Corte.