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Produtores de MT aliam 'pecuária sustentável' com o manejo bovino

Por Redação em 12/08/2022 às 16:33:40
Curral redondo, água próxima e rotação no pasto são parte da estratégia de bem-estar animal. Pecuaristas buscam aliar manejo bovino com práticas de sustentabilidade e bem-estar animal

TV Centro América

No estado que detém o maior rebanho bovino do país, um grupo de criadores atua de forma articulada com a chamada pecuária sustentável. No Vale do Araguaia, em Torixoréu, a 577km de Cuiabá, uma fazenda tem 1.500 cabeças de gado com uma raça criada na própria propriedade.

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A raça foi criada há 16 anos, sendo uma mistura de Nelore, Caracu e Blond D"Aquitaine. O gestor da fazenda, Argemiro de Freitas, conseguiu criar uma raça que pode produzir mais cedo e engorda mais rápido.

“Em 18 meses, o boi fica pronto para o abate ou 20 meses, no máximo. Já o Nelore, mais comum, tem que esperar uns três anos”, disse.

Grupo de bois criados no Vale do Araguaia

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O pasto é o principal alimento dos animais. Ocorre uma rotação estratégica na fazenda de Argemiro, no qual traz um gado de outro pasto para dinamizar e trazer bem-estar aos animais.

“Tem que ter capricho com esse manejo senão vai degradar a terra, porque aí eles comem muito”, explicou.

Um cocho coberto também faz parte desta estratégia de bem-estar animal e diminui o estresse do gado.

“Aqui o clima é muito quente, então, se não tiver uma sombra onde o animal possa comer, ele sofre demais com o calor e perde peso”, disse.

Atualmente, Argemiro faz parte da Liga do Araguaia, um trabalho em parceria com outros produtores.

Liga do Araguaia

Criada em 2015, a liga é um movimento de pecuaristas que, inicialmente, era mais voltada nesta área e, com o tempo, os trabalhos foram ampliados. Movidos pela insatisfação com a imagem dos pecuaristas, eles resolveram se unir para reverter essa impressão, de acordo com o fundador, Caio Penido.

“São pecuaristas preocupados com sua reputação e imagem e dispostos a migrar para um modelo mais sustentável”, contou.

Bois foram criados a partir de uma mistura de três raças diferentes no Vale do Araguaia

TV Centro América

Ao todo, são 60 pecuaristas envolvidos no movimento. “Acreditamos que com uma gestão com indicadores de sustentabilidade, ele consegue melhorar e se comparar com os pares para encontrar os pontos mais fracos. É uma atividade coletiva”, disse.

Para o engenheiro agrônomo e técnico residente da liga, Hiltonis Santos Sousa, o papel é importante para auxiliar no aumento da qualidade da produção de gado.

“O meu papel é levar os projetos que desenvolvemos aos produtores e levantar as demandas e acompanhar o que é desenvolvido nas propriedades. São duas ferramentas, uma de gestão e outra de sustentabilidade. A gente consegue gerar resultado ao produtor e propiciar a melhoria da produtividade", explicou.

Em algumas técnicas para garantir o bem-estar ao gado, Sousa destaca que um curral em forma de círculo traz reflexos importantes na hora do abate.

"Um curral redondo diminui o estresse aos animais, então ele somente vai enxergar os outros bois e evitar acidentes. Outra melhoria é deixar a água próximo dos grupos. É interessante que o animal se desloque até 500 metros para beber água, é o ideal. O animal não vai mais para o leito do rio beber água e, com isso, não causa mais erosão", disse.

Fonte: G1/MT

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