Medida está prevista no estudo geológico e por prevenção às trombas de água. Acesso ao local turístico foi fechado na quarta-feira (10) por conta da chuva e visitação já foi liberada. Desde a tragédia monitoramento no local é feito diariamente para evitar tombas d'água; imagem de arquivo
Joel Silva/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Desde a tragédia que matou 10 pessoas após o desabamento de uma rocha sobre a lancha em que estavam no Lago de Furnas, em Capitólio, geólogos realizam monitoramentos constantes na região. Como prevenção, eles orientam a Prefeitura sobre a liberação do espaço para visitações turísticas aos cânions em caso de chuva. Medida está prevista no estudo geológico e ocorre por prevenção às trombas de água.
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Segundo o secretário de Turismo Lucas Arantes, o monitoramento começou pouco mais de um mês depois da tragédia, após os estudos feitos no local que apontaram essa necessidade.
Desde então, as vistorias ocorrem todos dias pela manhã e diante de possíveis precipitações, o acesso é fechado. Foi o que ocorreu na quarta-feira (10). Com o monitoramento, o local seria aberto pela manhã, mas por volta das 10h choveu na região. Por isso, a visitação teve que ser suspensa, mas já foi retomada nesta quinta-feira (11).
"Desde os estudos geológicos essa é a primeira vez que tivemos que fechar. Mas ocorre preventivamente. Se chover, por exemplo, por duas horas e depois parar, a visitação pode acontecer", esclareceu.
Previsão do tempo
A previsão do tempo para essa semana era de que, após o período de estiagem, a semana no Centro-Oeste de Minas tivesse registros de chuvas isoladas e moderadas. Na região, a chuva foi registrada no início da manhã de quarta-feira (10) e por alguns períodos da tarde.
Além da chuva, também foi prevista a queda das temperaturas com termômetros variando entre 14°C e 26°C. "Depois de sexta-feira, o sol volta a predominar com ligeira elevação da temperatura e queda da umidade relativa do ar", explicou o meteorologista Ruibran dos Reis.
Frente fria
A climatologista Wanda Prata explicou que estas chuvas ocorrem devido à formação de um ciclone extratropical na região sul do país, que joga água para o continente.
"Agora vai depender de como ele vai se deslocar. Tudo indica que vai se deslocar para o estado e litoral do Paraná e de São Paulo e se isso acontecer, as nossas chuvas podem ser volumosas também", ressaltou.
Relembre a tragédia
Sequência mostra queda de paredão rochoso em Capitólio (MG); imagem de arquivo
Reprodução
O acidente ocorreu no início da tarde de um sábado, dia 8 de janeiro, no Lago de Furnas, quando um grupo 10 turistas, a maioria da mesma família, alugou uma lancha para percorrer a região que é rodeada por paredões rochosos.
No momento em que as embarcações ficaram paradas, uma das rochas se desprendeu e atingiu a lancha. Algumas pessoas que perceberam o que ia ocorrer tentaram avisar, mas não tiveram sucesso. A rocha desabou e os ocupantes morreram no local.
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