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Profissão Repórter retrata a rotina das comunidades ribeirinhas que dependem de um rio saudável para viver

Por Redação em 20/04/2022 às 02:31:02
Equipe acompanhou diferentes histórias pelos rios do Brasil e mostrou como um acidente ecológico afetou quem vive às margens do Tapajós, os impactos do maior crime ambiental da história do Brasil no Rio Doce e conheceu o Rio Negro, com difícil acesso e muito preservado. Edição de 19/04/2022

O descaso com a preservação de rios em diferentes partes do Brasil tem tido impacto direto na vida da população ribeirinha. O Profissão Repórter desta terça-feira (19) viajou pelo país para mostrar como estão aqueles que dependem das bacias fluviais para sobreviver.

Os repórteres Mayara Teixeira e Thiago Jock visitaram a região do Tapajós (PA), cerca de quatro meses após uma mancha de lama ter se espalhado pelo leito do rio, chegando até Alter do Chão, destino turístico famoso por suas águas cristalinas.

Profissão Repórter acompanhou os pescadores em Alter do Chão

Reprodução/TV Globo

Eles mostraram como o acidente ecológico, provocado pelo aumento do garimpo ilegal e do desmatamento na região, afetou a economia local e deixou uma dúvida sobre a segurança de se viver às margens do Tapajós.

Durante a apuração, os repórteres encontraram ainda pessoas doentes desconfiadas de uma substância despejada nas águas tanto pelo garimpo quanto pelo desmatamento: o mercúrio.

Jair Munduruku perdeu a esposa, Irene, aos 39 anos, após ela ter câncer de pâncreas. Ela participou de uma pesquisa da Fiocruz, que detectou uma quantidade de mercúrio no seu corpo duas vezes maior que o seguro considerado pela Organização Mundial da Saúde.

"Nós temos o contato direto com o rio. Nós bebemos a água do rio, nós pescamos o peixe do rio. Nós sabemos que o rio está contaminado, então causa, dá doença, entendeu?", ressalta Jair.

Em Mariana (MG), seis anos depois do rompimento da barragem de Fundão, o repórter Guilherme Belarmino e o repórter cinematográfico Eduardo de Paula registraram, às margens do Rio Doce, os impactos do maior crime ambiental da história do Brasil, que ainda prejudica pescadores, agricultores e comunidades ribeirinhas.

Agricultora mostra como ficou o solo em Governador Valadares

Reprodução/TV Globo

Em Governador Valadares (MG), a reportagem acompanhou a visita do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a áreas repletas de rejeito de mineração. A agricultora Joelma Fernandes mostrou como a terra está cheia de rejeitos e minérios.

"Enchente para nós, antes, era renovo da terra. A terra se renovava, era coisa boa. Nós estamos no sertão? Porque era no sertão, que eu via nas reportagens, o solo todo rachado", conta.

O repórter André Neves Sampaio e o técnico de reportagem Carlos de Oliveira foram para São Gabriel da Cachoeira, no Noroeste do Amazonas, o município com mais indígenas do Brasil. Eles conheceram comunidades ribeirinhas que vivem às margens do Rio Negro, numa região de difícil acesso, e que, por isso, é extremamente preservada.

"Se não fosse demarcado, se fosse liberado, essa questão de mineração, essas questões de grandes empresas entrarem no nosso território, com certeza já estaria bem poluído. As nossas matas não estariam nesse estado que estão", explica Larissa Ye' Padiho Duarte, representante da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro.

Rio Negro tem difícil acesso e é extremamente preservado

Reprodução/TV Globo

Veja o programa completo no vídeo acima.

Fonte: G1

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