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Brasileiros abrem as portas de casa para receber refugiados da guerra

Por Redação em 12/03/2022 às 22:16:35
Em Curitiba, Marcos recebeu de braços abertos uma família ucraniana. Ludmila, Darina e o filho, de 3 anos, chegaram sentindo o clima e o gosto do Brasil: o primeiro almoço foi feijoada. Brasileiros abrem as portas de casa para receber refugiados da guerra

Enquanto a guerra não chega ao fim, brasileiros abrem as portas de casa para receber os refugiados.

No reencontro com a família, em Curitiba, alívio e comemoração. Murilo jogava futebol na Ucrânia quando a guerra começou. Sexta-feira (11), ele finalmente conseguiu voltar para casa.

“Não sabia que estava precisando tanto assim de um abraço depois do que a gente passou”, disse Murilo Maia.

Agora, o atacante, de 23 anos, vai tentar retomar no Brasil a carreira interrompida pela guerra. Enquanto espera a proposta de um clube, o camisa 9 veste um novo uniforme.

“Nunca pensei em ver situações que acabei vendo lá. Então, estar aqui dá uma sensação de segurança.”

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Esse sentimento mobilizou a maior comunidade ucraniana do país, no Paraná. Em uma grande campanha humanitária, os organizadores estão cadastrando famílias e instituições dispostas a receber refugiados da guerra.

“Ainda que nós não consigamos resolver grandes problemas da Ucrânia, nós estaremos fazendo a nossa parte, tentando articular, tentando unir pessoas para tentar diminuir um pouco o sofrimento daqueles que são vítimas dessa guerra”, contou o coordenador da campanha Humanitas, Vitor Hugo Burko.

Em Curitiba, o artista plástico Marcos Silva já abriu os braços para receber uma família ucraniana. Ludmila, Darina e o filho, de 3 anos, chegaram neste sábado (12) sentindo o clima e o sabor do Brasil: o primeiro almoço foi feijoada.

Os ucranianos vão morar provisoriamente no apartamento do Marcos, que reservou quarto e banheiro só para os três.

“Eu desejo que tenham muito sorte. Acho que, no momento, é ter fé e sorte”, disse Marcos.

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Toda a bagagem deles se resume a duas malas pequenas. E como fazia muito frio na Ucrânia, a maioria das peças é de casacos, roupas bem pesadas...

A acolhida uniu gentileza e amizade. Marcos e o marido da Darina, Volodymyr, se conheceram no Brasil há mais de 20 anos. Quando a guerra virou ameaça, o ucraniano pediu socorro para o amigo brasileiro.

"É difícil as pessoas terem uma vida, uma casa, e de repente ser retirado isso deles. E não ter onde ficar", lamentou Marcos.

Na tarde de sábado, Volodymyr falou por telefone com a família, da cidade de Fastiv. E aí mais uma boa notícia: ele conseguiu dispensa do exército ucraniano porque tem problemas de saúde e, em breve, deve se juntar à família.

“Acho que semana que vem, se Deus quiser, eu vou para o Brasil”, contou Volodymyr.

Os planos agora são arrumar um emprego, casa própria... E aumentar a família.

“É a felicidade. Muito obrigada”, disse Darina.

Fonte: G1

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