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Queiroga diz que não se pode obrigar criança a tomar vacina

Por Redação em 08/02/2022 às 12:14:22
Ministro da Saúde disse ainda que vacinar um adulto é diferente de vacinar uma criança. Governo tem sido criticado por especialistas por posturas antivacina e pela baixa taxa de vacinação das crianças de 5 a 11 anos. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta terça-feira (8) que não se pode obrigar uma criança a tomar vacina.

Queiroga disse ainda que vacinar uma criança é diferente de vacinar um adulto.

O ministro deu as declarações na entrada do ministério, enquanto respondia a perguntas de jornalistas sobre o ritmo da vacinação infantil contra a Covid no país. Menos de 20% desse público já se vacinou (veja detalhes mais abaixo).

"Cerca de 30% das crianças das capitais já foram vacinadas [...] Mas vacinar uma criança, não é igual vacinar um adulto", disse o ministro.

"Eu mesmo tive a oportunidade de vacinar crianças aqui em Brasília e as vezes as crianças, você tem que convencer as crianças a se vacinar. Ninguém vai pegar uma criança à força e aplicar uma vacina com a criança berrando. Então nós estamos trabalhando para que os pais possam exercer esse direito", completou Queiroga.

O governo federal tem sido criticado por especialistas e autoridades sanitárias por impor obstáculos à vacinação infantil.

Quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a aplicação da vacina infantil contra a Covid, atestou a segurança e a eficácia do imunizante. Mesmo assim, o Ministério da Saúde organizou uma consulta pública sobre o tema, medida que nunca tinha ocorrido para a aplicação de uma vacina.

Por causa de posturas como essa, a comissão de Direitos Humanos do Senado chamou nesta segunda-feira (7) Queiroga e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, para darem explicações sobre ações antivacina.

Menos de 20% das crianças se vacinaram

A taxa de vacinação de crianças contra a Covid no Brasil, segundo especialistas, está longe do ideal.

Apenas 18,8% das crianças de 5 a 11 anos haviam recebido a primeira dose do imunizante até a segunda-feira (7).

A maioria dos estados brasileiros não conseguiu vacinar nem 15% das crianças até agora. Proporcionalmente, os estados que menos vacinaram as crianças até agora são Paraíba (1,8%), Pará (1,9%) e Mato Grosso (2,0%).

O pediatra infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de imunizações (SBIm), afirma que o número preocupa, mas que também existe uma subnotificação dos dados.

“Tem estados e municípios que não têm gente para registrar as doses aplicadas. Ou vacina, ou registra”, diz.

Segundo o médico, outro fator que impacta nos baixos índices até o momento é o fato das doses terem demorado a chegar em muitos estados e municípios, uma vez que só havia disponibilidade da vacina da Pfizer.

"Vamos ver agora com mais disponibilidade de CoronaVac se isso sobe. Creio que os números vão crescer bastante nas próximas semanas", afirma Kfouri.

Fonte: G1

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