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Governo vai acompanhar apuração de protesto dentro de igreja contra morte de Moïse, diz Bolsonaro

Por Redação em 07/02/2022 às 21:12:09
Presidente ainda não se pronunciou sobre assassinato de congolês no Rio de Janeiro. No sábado, manifestantes entraram em igreja de Curitiba para protestar. O presidente Jair Bolsonaro usou as redes sociais nesta segunda-feira (7) para criticar um ato de protesto contra o assassinato do imigrante congolês Moïse Kabagambe, morto a pauladas em um quiosque no Rio de Janeiro.

Desde que se tornaram públicas as imagens do assassinato, no fim de janeiro, o presidente não se pronunciou.

Nesta segunda, ele afirmou que acionará órgãos do governo para monitorar a investigação do ato de Curitiba que pediu punição aos assassinos (vídeo abaixo).

Grupo que pedia justiça pela morte de Moïse entra em igreja durante manifestação

"Acreditando que tomarão o poder novamente, a esquerda volta a mostrar sua verdadeira face de ódio e desprezo às tradições do nosso povo. Se esses marginais não respeitam a casa de Deus, um local sagrado, e ofendem a fé de milhões de cristãos, a quem irão respeitar? Acionei o Ministério da Justiça e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos para acompanharem o caso, de modo a garantir que os responsáveis pela invasão respondam por seus atos e que práticas como essa não ganhem proporções maiores em nosso país" afirmou o presidente.

Moïse Kabagambe foi morto na noite do último 26 em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.

Polícia investiga morte de cidadão congolês em quiosque no Rio

Imagens de câmeras de segurança do quiosque Tropicália, onde Moïse Kabagambe foi morto a pauladas, registraram o espancamento do congolês, que morreu em razão das agressões. Pelo vídeo, é possível ver que três homens tiveram participação direta. Eles foram identificados e presos pela polícia.

O protesto criticado por Bolsonaro aconteceu no sábado, em Curitiba. Um grupo de manifestantes que se reuniu no Centro Histórico da cidade entrou em uma igreja durante o ato pedindo justiça.

A presença do grupo na Igreja de Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos foi gravada, e o vídeo repercutiu nas redes sociais. O padre Luiz Haas afirmou que celebrava uma missa no momento em que os manifestantes entraram na igreja.

Nesta segunda-feira (7), a Arquidiocese de Curitiba se manifestou sobre o caso. Repudiou o ato e disse que na ação do grupo houve "agressividades e ofensas". A arquidiocese classificou a ação como profanação injuriosa.

O vereador Renato Freitas (PT), que participava da manifestação no fim de semana, foi criticado. Ele argumentou que o protesto não atrapalhou nenhuma celebração religiosa dentro da igreja. Segundo ele, a manifestação foi contra o racismo, a xenofobia e pela valorização da vida.

"As imagens mostram que a igreja estava absolutamente vazia. Já se passava das seis da tarde. Entramos e dissemos que nenhum preceito religioso supera a valorização da vida. Lá dentro, afirmamos isso e saímos ordeira e pacificamente, sem que ninguém tivesse se incomodado e eu desafio qualquer um a provar o contrário", disse o vereador.

Fonte: G1

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