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Igreja em que pastor propagou desinformações sobre vacina afirma que fala em culto não representa a instituição em MT

Por Redação em 25/12/2021 às 15:06:00
Pregador propagou desinformações sobre vacina contra a Covid e disse que "coração fica palpitando e parece que vai explodir". Pastor questiona fiéis sobre reação negativa da vacina contra a Covid-19

Reprodução

A Igreja Batista Nacional (IBN), do Bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, emitiu uma nota, nessa sexta-feira (24), afirmando que a fala sobre a vacina contra a Covid-19 feita pelo pastor Jessé Oliveira, na noite de quinta-feira (23), não condiz com o pensamento da instituição e não representa a IBN.

O pastor Jessé Oliveira fez uma pregação usando desinformações, sem nenhuma base científica, sobre os efeitos da vacina contra a Covid-19, durante um culto. Ele fez comentários contrários às comprovações científicas de que o imunizante é capaz de prevenir e combater o coronavírus.

De acordo com a igreja, a instituição não coaduna com a fala dita pelo Aspirante Jessé Oliveira, sendo esta única e exclusivamente da autoria e responsabilidade dele.

A IBN afirmou também que os comentários feitos pelo aspirante não representa uma fala oficial da igreja.

"A IBN Cristo Rei, na pessoa de seu Pastor Presidente Osvaldo Araujo Coutinho, veementemente frisa os cuidados necessários para prevenção da Covid-19, dentre os quais está a imunização", diz trecho da nota.

O pastor Jessé congrega em outra igreja, mas fez a pregação na quinta a convite da direção da Igreja Batista Nacional. O vídeo foi feito pela própria igreja e disponibilizado no canal da congregação no YouTube.

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Ao g1, o pastor afirmou que ainda vai se manifestar sobre as declarações dadas durante o culto, mas que irá retornar em outro momento. Assim que ele retornar, o posicionamento será acrescentado à matéria.

Comentários contra a vacina

Durante a pregação, ele disse que queria orar pelos fiéis e perguntou se ali, na igreja, alguém estava sentindo reações da vacina, mas das aproximadamente 300 pessoas que estavam só uma delas levantou a mão.

"Alguma parte do corpo perdeu movimento? Ou está perdendo movimento? A mente lerda? Esquecimento? A coordenação motora você perde, dor de cabeça, dor nos olhos. Após a vacina, você sentiu que algo mudou em seu organismo? Tem alguém aqui que está sentindo essa mudança no organismo? Por favor, dê um sinal com a sua mão. Eu quero orar com você nesse instante. Tem alguém? Alguém aí em cima?", questionou.

Mesmo os fiéis não tendo levantado a mão, ele continua insistindo para que as pessoas se manifestem. “São vários sintomas que acontecem. Você não consegue dormir, o coração fica palpitando e parece que vai explodir. Rola, rola e não consegue descansar", disse Jessé.

Mais adiante, ele afirma que já houve cura de pessoas que estavam fadadas à morte, com infarto, derrame e paralisia. "Pessoas que estavam fadadas a morte por uma reação, por algo químico, por algo mudando o seu sangue, mudando as suas células, os seus glóbulos (...) O sinal que Deus vai dar a algumas pessoas é que vão sentir a boca amargar. Algumas vão sentir a mão queimar, os pés. As pessoas vão suar. Com calafrio", afirmou, como se tivesse prometendo a cura.

Eficácia da vacina

Especialistas da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) apontam que, quanto mais gente se vacinar logo no início, menos gente terá a versão grave e, assim, será mais fácil de tratar nos hospitais eventuais pessoas que ainda não receberam suas doses.

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Além de proteger o indivíduo imunizado, a vacina contra a Covid-19 tem dois objetivos principais com importantes reflexos na coletividade: desafogar o sistema de saúde sobrecarregado, garantindo que não faltem vagas e reduzir a capacidade de disseminação da doença.

Um estudo publicado na semana passada confirmou que a exigência de comprovante de vacinação ou de teste negativo de Covid gerou aumento na procura por vacinas em alguns países. Quem afirma é a ciência. Uma pesquisa publicada na revista britânica "Lancet Saúde Pública", revelou que a exigência teve bons resultados.

O certificado de vacina, ou passaporte de saúde, exige que as pessoas comprovem vacinação completa, teste negativo ou recuperação da Covid-19 para acessar locais e eventos públicos, como restaurantes, shows, salões de beleza.

A obrigatoriedade parece encorajar as pessoas que vinham rejeitando a imunização.

Fonte: G1/MT

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