Dados apontam, no entanto, que 29% dos investidores não são realmente engajados com o tema. Criptomoedas
REUTERS/Dado Ruvic
As criptomoedas estão ganhando a confiança dos brasileiros e têm potencial para crescer ainda mais em 2022. Este ano, um quinto da população do país (22%) utiliza criptomoedas por meio de investimentos próprios ou por transações comerciais. No entanto, os dados apontaram que 29% não são realmente engajados com o tema.
Isso é o que mostra estudo global "O fenômeno cripto: atitudes e usos do consumidor", realizado em nove grupos focais entre 25 de agosto e 13 de setembro, pela Visa em parceria com a consultoria LRW.
A pesquisa, divulgada com exclusividade ao g1, destacou também que os proprietários de criptomoedas são compostos principalmente por homens da geração millennial, cuja idade varia entre 26 e 40 anos.
Para grande parte desses consumidores, embora haja um interesse limitado do mercado em adotar as moedas digitais para compra de bens e serviços (19% total), é forte a tendência de crescimento de cartões cripto-vinculados.
Além disso, a maioria (85%) dos clientes estão interessados em comprar criptomoedas de seu banco e 39% dos empresários levariam seus negócios a instituições que tenham operações nesse segmento, informou a pesquisa.
“Esses resultados sugerem que as criptomoedas estão deixando de ser um ativo de nicho voltado a uma pequena comunidade de investidores e chegando ao mercado geral, ficando cada vez mais acessível ao público e a novos adotantes no Brasil”, afirma Romina Seltzer, vice-presidente sênior de produtos e inovação da Visa América Latina e Caribe.
Apesar do otimismo, o estudo indicou que os investidores de moedas digitais citaram o fato de não terem dinheiro suficiente como o principal impeditivo para serem mais ativos e engajados com a moeda, enquanto os que não têm criptomoedas citam a falta de conhecimento (60%) e de fundos (51%), além do risco de instabilidade como as principais barreiras ao engajamento.
"A renda não é um fator universalmente preponderante, mas há tendências no Brasil em que o engajamento está correlacionado ao nível socioeconômico ou de renda", destacou a pesquisa
O engajamento com as criptomoedas também é inversamente proporcional à idade. Os consumidores mais engajados tendem a ser mais jovens, enquanto os desengajados ou menos engajados tendem a ser mais velhos.