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Vendas no Natal devem cair pelo segundo ano seguido, diz CNC

Por Redação em 13/12/2021 às 15:15:22
Mesmo com o aumento de pessoas nas ruas, inflação elevada, juros em alta e mercado de trabalho em lenta recuperação deterioram as condições de consumo. Setor de brinquedos prevê alta de 11% nas vendas neste natal

Apesar da normalização do fluxo de consumidores, o volume de vendas no Natal deverá sofrer o segundo recuo consecutivo. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a expectativa é que a principal data comemorativa do varejo brasileiro, que tem representado 22% do total das vendas de dezembro nos últimos 10 anos, movimente R$ 57,48 bilhões em faturamento, apresentando um crescimento de 9,8% em relação a 2020. No entanto, o desconto da inflação leva a um ajuste na comparação que indica queda de 2,6%.

De acordo com monitoramento realizado pelo Google, ao fim da primeira semana de dezembro, a circulação de consumidores em estabelecimentos comerciais superou a quantidade registrada no fim de fevereiro de 2020 (+1,9%), algo inédito desde o início da pandemia. No mesmo período do ano passado, o fluxo de pessoas se encontrava 13,4% abaixo do observado antes da crise sanitária.

No entanto, o estudo aponta a situação econômica como empecilho para um cenário mais otimista para o varejo, com a deterioração das condições de consumo devido à inflação elevada, juros em alta e mercado de trabalho em lenta recuperação, mesmo com o aumento de pessoas nas ruas.

Diante do contexto, a entidade projeta que o ramo de hiper e supermercados será o destaque em movimentação financeira no período, representando 38,5% (R$ 22,11 bilhões) do volume total de vendas. Em seguida, devem aparecer estabelecimentos especializados na comercialização de roupas, calçados e acessórios (35,3% do total ou R$ 20,28 bilhões) e as lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (13,2% ou R$ 7,60 bilhões).

Ceia importada

O cenário econômico também está influenciando a origem e os valores da ceia. A CNC destaca o crescimento de 19%, entre setembro e novembro, das importações de produtos típicos natalinos em relação ao mesmo período de 2020.

Segundo o economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, a movimentação é resultado do descasamento entre os preços praticados no atacado e no varejo nos últimos meses. “Os valores no mercado interno vêm sendo reajustados significativamente acima da capacidade de retenção de repasses pelo varejo ao consumidor final. Mas, mesmo tendo recorrido à importação para amenizar esse choque, os preços dos produtos tipicamente natalinos apontam tendência de alta”, avalia.

A cesta composta por esses itens mostra que os valores medidos por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) tendem a apresentar avanço médio de 13,8% nos 12 meses encerrados em novembro. A única exceção é o bacalhau, que deve contar com queda de 2,6%. No ano passado, puxado pela forte alta dos preços dos alimentos para consumo em domicílio (+18,7%), o reajuste médio da cesta ultrapassou os 15%.

Presentear também deve ficar mais caro. Artigos de maquiagem (+16,4%); aparelhos de TV, som e informática; joias e bijuterias (+13%); e artigos de cama, mesa e banho (+13,7%) pressionam o preço médio do conjunto de produtos. Apenas os aparelhos telefônicos (-1,4%) estarão mais baratos do que no ano passado. Veja abaixo:

Previsão de variação de produtos natalinos em 2021

Economia g1

Queda nas contratações

Os contratos das vagas temporárias estão durando mais neste ano

As perspectivas para contratações também não estão muito animadoras, segundo a pesquisa. Apesar da expectativa da criação de 89,4 mil vagas temporárias para o Natal deste ano, contingente 31% maior do que as contratações para o atípico fim de ano de 2020, o número é inferior às 91,6 mil vagas criadas para a data em 2019.

A incerteza quanto à sustentabilidade do volume de vendas no varejo e seus impactos sobre o nível de atividade no início de 2022 levaram a CNC a rever a projeção feita há três meses, que estimava a abertura de 94,2 mil postos de trabalho temporário. A taxa de efetivação também foi revisada de 12,2% para 4,9%.

A previsão é que maior oferta de vagas (63% do total ou 56,27 mil) ocorra nas lojas de vestuário, calçados e acessórios. Em seguida, tendem a se destacar os segmentos de hiper e supermercados (16,63 ou 19% do total) e lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (11,08 mil ou 12% do total).

Regionalmente, São Paulo (25,61 mil), Minas Gerais (9,63 mil), Paraná (7,09 mil) e Rio de Janeiro (6,63 mil) oferecerão a maior parte das vagas.

Fonte: G1

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