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Helicóptero com 300 kg de cocaína: Anac diz que não há registro de venda da aeronave, como alega policial do DF

Por Redação em 03/08/2021 às 14:03:19
Ronney José Barbosa Sampaio afirma que vendeu veículo em maio; prazo para informar Agência Nacional de Aviação Civil era até junho. G1 aguarda posicionamento do papiloscopista. Helicóptero foi encontrado no Pantanal de Mato Grosso, no domingo (1º)


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirmou ao G1, nesta terça-feira (3), que o helicóptero encontrado com cerca de 300 kg de cocaína, em uma fazenda no município de Poconé (MT), no último domingo (1º), pertence ao policial civil do Distrito Federal Ronney José Barbosa Sampaio.

Além disso, a Anac nega que haja registro recente de venda da aeronave, conforme alegou o policial.

"Até o momento, o proprietário Ronney José Barbosa Sampaio não comunicou a venda de sua aeronave, matrícula PT-RMM, que deve ser feita dentro do prazo de 30 dias pelo vendedor, não pelo comprador."

A informação da agência contradiz a versão do papiloscopista. Na segunda-feira (2), Ronney disse à reportagem que comprou o helicóptero há um ano, portanto, em 2020, e que o recibo da venda do helicóptero foi feito em 25 de maio de 2021. Seguindo a regra da aviação, o registro da negociação deveria ter sido feito até o dia 25 de junho.

"Eu comprei ele [o helicóptero] tem um ano mais ou menos. Mas como eu não tinha dinheiro pra arrumar o documento, eu vendi", disse Ronney.

Já a Anac afirma que o servidor público do DF adquiriu a aeronave em 30 de abril deste ano e, não, em 2020, como o policial informou. A reportagem tentou contato com Ronney, por telefone, mas ele não retornou às ligações. O espaço está aberto para eventual manifestação.

Transferência de nome

Ao G1, a Anac também informou que helicóptero foi transferido para o nome do papiloscopista no dia 5 de maio deste ano. (veja mais abaixo).

"Ou seja, ele adquiriu a aeronave no dia 30 de abril de 2021 e o antigo dono registrou a venda no dia 5 de maio, dentro do prazo de 30 dias para comunicar a venda e realizar o registro", diz nota da agência.

Na segunda (2), Ronney informou o nome e o contato do comprador à reportagem. No entanto, até a manhã desta terça-feira (3), o G1 também não havia conseguido falar com o homem, que mora no Mato Grosso do Sul.

De acordo com o policial, o processo de compra e venda de um avião "é igual quando vende um carro". "Se o comprador não for lá e fizer a transferência para ele também, ele continua no meu nome", explicou.

Tráfico internacional de drogas

A Polícia Federal monitorava uma possível situação de tráfico internacional de drogas quando encontrou o helicóptero, em Poconé (MT), no domingo (1º). A aeronave, modelo Robinson R-44, matrícula PT-RMM, estava parcialmente destruída, no chão, e com sacos de droga ao redor (veja vídeo acima).

Segundo a Anac, o helicóptero estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) vencido, deste 2017, e não poderia operar.

A PF também informou que o helicóptero é avaliado em cerca de R$ 450 mil e tem capacidade para transportar até três passageiros, além do piloto, e carga máxima de 340 kg. O caso é investigado pela Polícia Federal de Mato Grosso.

Fonte: G1/MT

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