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Alexandre manda PF retomar inquérito Moro x Bolsonaro

Por Redação em 30/07/2021 às 18:16:07

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta, 30, que a Polícia Federal retome as investigações sobre a suposta tentativa de interferĂȘncia política do presidente Jair Bolsonaro na corporação – inquérito aberto na corte mĂĄxima após denúncias feitas pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, na ocasião de sua renúncia.

De acordo com Alexandre, a regular tramitação da investigação deve ser "imediata", independente de o plenĂĄrio do Supremo ainda não ter decidido sobre como deve ser o depoimento de Bolsonaro no caso, se presencial ou por escrito. O ministro registra que hĂĄ "necessidade de realização de diligĂȘncias pendentes para o prosseguimento das investigações".

No último dia 20, Alexandre prorrogou o inquérito apelidado "Moro x Bolsonaro" por mais 90 dias, a serem contados a partir de terça, 27. Nesta sexta, o relator registrou que, considerando tal decisão e as diligĂȘncias pendentes, não se justifica a manutenção da suspensão da tramitação do inquérito, determinada pelo ministro aposentado Marco Aurélio Mello em setembro de 2020.

Uma das últimas pendĂȘncias da investigação é o depoimento do presidente. A discussão do STF sobre o tema chegou a ser agendada para 24 de fevereiro, mas foi adiada. A previsão é a de que os ministros do Supremo enfrentem o impasse na sessão do dia 29 de setembro.

Em novembro do ano passado, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou à Corte o presidente havia "declinado do meio de defesa" de se explicar às autoridades e pediu que o processo fosse logo encaminhado à PF para elaboração de relatório final.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou a favor do presidente, defendendo o direito de Bolsonaro de desistir de prestar depoimento no inquérito em que é investigado por suposta interferĂȘncia política na Polícia Federal.

No entanto, na avaliação de Alexandre de Moraes, o investigado não pode deixar de ser submetido ao interrogatório policial, ainda que decida permanecer em silĂȘncio. O ministro defendeu que a Constituição Federal não prevĂȘ o "direito de recusa prévia" ao investigado ou réu.


Fonte: Estadão

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