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Bolsonaro diz a aliados que filiação ao Patriota está "com meio caminho andado"

Por Redação em 17/06/2021 às 10:48:22

Na tarde desta quarta-feira, 16, em reunião com aliados do PSL, partido pelo qual foi eleito em 2018, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que sua filiação ao Patriota “está com meio caminho andado”. O encontro ocorreu no Palácio da Alvorada e contou com a presença de parlamentares da chamada ala bolsonarista da sigla, como Carla Zambelli (PSL-SP), Carlos Jordy (PSL-RJ) e Bia Kicis (PSL-DF), entre outros. “Tratamos sobre o futuro partidário. O presidente nos disse que [sua filiação ao Patriota] está meio caminho andado. Alguns ajustes internos vão ocorrer nos próximos dias, num processo conduzido pelo Adilson Barroso [presidente nacional da legenda], mas fomos convidados para segui-lo, caso isso se concretize”, disse Jordy à Jovem Pan.

A reunião também contou com a presença do senador Flávio Bolsonaro (RJ), que se filiou ao Patriota no fim do mês de maio. Os aliados do presidente na Câmara dos Deputados pretendem aguardar a janela partidária, em março de 2022, para oficializar a mudança de sigla. “Eu vou aguardar a janela e defendo que todos aguardem. Hoje, temos o controle do partido, temos a liderança [da Câmara], ocupamos vários espaços na CCJ, na comissão da reforma administrativa. Sair do partido antes da janela implica em deixar tudo isso com o PSL”, avalia Jordy.

A ida de Bolsonaro ao Patriota, porém, enfrenta resistência entre alguns de seus aliados mais próximos. Apesar do presidente da República ter dito que seu retorno ao PSL está “totalmente descartado”, o grupo bolsonarista da sigla defende que o chefe do Executivo federal se filie a uma legenda que tenha “tempo de TV relevante” na propaganda eleitoral de 2022. Atualmente, o PSL possui a segunda maior fatia do fundo eleitoral e de tempo de televisão, atrás apenas do PT, maior bancada da Câmara dos Deputados. “Eu mesmo externei isso ao presidente. Acho um desperdício sair do PSL e deixar toda a estrutura construída por ele. O PSL era nanico, se tornou gigante. O fundo partidário, o fundo eleitoral, fica com o PSL, mas foi construído por ele”, afirma Carlos Jordy.

A preocupação com o maior tempo de TV tem uma razão óbvia: a eventual disputa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No dia 8 de março, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todas as condenações do petista no âmbito da Operação Lava Jato. Em razão disso, Lula recuperou os direitos políticos e voltou a ser elegível. “Sabemos que será uma eleição difícil e, nesse caso, a estrutura é importante. Externamos essa preocupação, mas deixamos claro que é Bolsonaro quem define o seu futuro”, disse à reportagem um participante do encontro.

Fonte: Política

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