Dez municípios informaram que as unidades locais já ficaram sem os medicamentos do kit. Intubação sem kit
Reuters/Amanda Perobelli
Onze municípios de Mato Grosso afirmaram em pesquisa realizada na última semana pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) que correm o risco de ficar sem medicamentos do chamado 'kit intubação'.
A pesquisa semanal da CNM traça o panorama do enfrentamento da pandemia pelos municípios. Dos 141 municípios mato-grossenses, apenas 45 responderam aos questionamentos feitos pela CNM entre os dias 19 e 22 de abril.
A CNM também perguntou aos gestores se, durante este ano, o hospital da região de cada um enfrentou problemas relacionados à falta do kit intubação. Dez municípios informaram que as unidades locais já ficaram sem os medicamentos do kit.
No kit intubação estão incluídos:
Besilato de atracúrio, para relaxar a musculatura
Besilato de cisastracúrio, para intervenções cirúrgicas
Brometo, quefacilita a intubação
Midazola, que funciona também como um sedativo
Além disso, a pesquisa trata de outras questões, como a falta de oxigênio e de imunizantes.
Quanto ao oxigênio, três municípios dos 45 questionados indicaram que essa é uma preocupação constante e admitiram que correm o risco de ficar sem o insumo nos hospitais da região.
Sete cidades relataram também que ficaram sem vacinas para aplicação da primeira dose.
A Confederação não divulga quais são os municípios consultados para preservar a autonomia de cada um.
Internações
Onze municípios também afirmaram ter pacientes internados em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em fila de espera de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Sete municípios registraram, na última semana, pacientes intubados nas UPAs.