O governador Mauro Mendes (DEM) defendeu a compra do jatinho pelo governo do Estado por U$ 1.5 milhão, o que representa cerca de R$ 8,4 milhões. Segundo ele, a compra trará economia os cofres públicos. Mauro Mendes alega que na gestão do seu antecessor, Pedro Taques, o Estado gastou quase R$ 20 milhões em táxi aéreo, andando pelo Estado.
"Eu ando de baixo pra cima, vou pra São Paulo, Brasília e sempre em voo comercial. Se olhar o que gastamos é muito pouco. Esse avião foi comprado com um TAC do Tribunal de Justiça para segurança pública. É claro vou usar", disse nesta segunda-feira (26).
"Existem situações, dias desses eu precisava ir pra Brasília e não tinha mais passagem. Eu não ia? Ou ia pegar um carro aqui e não chegaria a tempo, teria que passar viajando a noite toda. Então existem situações que o avião se justifica. Ela poderá ser usada pelas forças de segurança, pelo BOPE", completou.
Mauro Mendes também citou o exemplo da compra de dois aviões pelo Estado para ser usado em UTI aérea, já que segundo ele, o Estado gastava R$ 2 milhões por mês neste serviço.
"Alguns criticam, mas essas medidas consertaram Mato Grosso [...] Nós estamos fazendo o que é correto, isso trás economicidade, eficiência para administração pública e vamos continuar fazendo o que é melhor. Muitas decisões que trazem melhorias serão criticadas. Mas nós vamos continuar fazendo", concluiu.
A compra ganhou destaque nacional, já que estamos no meio de uma pandemia. A deputada Janaina Riva (MDB) chegou a afirmar que iria pedir explicações do governo do Estado sobre a compra.
A aquisição ocorreu neste mês e a aeronave CESSNA, modelo Citation Bravo C550, prefixo N100RJ, seminova, estará à disposição do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). Como justificativa, o Estado alega que a aeronave atenderá o Estado e o Poder Judiciário.
No caso do Estado, poderá transportar presos e agentes das Forças de Segurança do Estado para atender alguma demanda em outras cidades de Mato Grosso.
A compra chamou atenção e ganhou repercussão nacional, já que foi feita sem processo licitatório e no momento em que a pandemia da covid-19 vem aumentando o número de vítimas no Estado e no Brasil.
Fonte: Gazeta Digital