Calendario IPVA 2024

'Não há condições para reabertura', diz sindicato após anúncio do governo de MG sobre protocolo para volta às aulas

Por Redação em 25/02/2021 às 12:00:47

Redes Sociais/Reprodução

Sindicatos que representam servidores da rede estadual de educação e professores de escolas particulares afirmaram, nesta quinta-feira (25), que não há condições para a volta às aulas presenciais no Minas Gerais. Nesta quarta-feira (24), o governo do estado anunciou o protocolo para quando ocorrer o retorno das atividades nas escolas estaduais.

A volta às aulas será no dia 8 de março, a princípio ainda de forma remota, em razão de decisão judicial que impede retorno de forma presencial. Ainda não há data para o retorno presencial.

“Não há condições de reabertura. Não há escolas prontas para receber profissionais e alunos presencialmente”, disse a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Denise Romano, durante entrevista coletiva na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta manhã.

Ela afirma que será criado um comitê de fiscalização para demonstrar a real situação das escolas da rede estadual. De acordo com a coordenadora-geral do sindicato, cerca de mil escolas não possuem refeitórios e 900 não têm instalações sanitárias adequadas.

Denise afirma que, pelo estado, há casos de colégios em que só há um banheiro para alunos e funcionários e escolas em que estudantes precisam merendar no chão. Ainda de acordo com a coordenadora-geral, há duas decisões judiciais que proíbem o governo de convocar professores para aulas presenciais.

"O que nós mais queremos é voltar, mas voltar em segurança e permanecer vivos", pontua.

A presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro), Valéria Morato, diz que as escolas particulares, assim como as estaduais, também não estão preparadas para o retorno das atividades.

“É um engodo falar que as escolas particulares estão prontas”, afirma.

Ela também comentou sobre o anúncio do protocolo do governo. "É de extrema irresponsabilidade esse decreto e esse anúncio do governo. Demonstra descaso com a educação”, avalia.

Em relação às orientações do Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais (Sinep), Valéria também fez críticas. Entre os pontos citados, está o distanciamento de 1,5 metro entre as carteiras, espaço menor do que consta no protocolo da Prefeitura de Belo Horizonte, que prevê 2 metros de distância.

Protocolo do governo

Segundo o protocolo, o início das aulas presenciais só poderá ocorrer nos municípios que estiverem nas ondas verde e amarela do programa estadual para retomada econômica durante a pandemia, o Minas Consciente. Se após a retomada, a região regredir para a onda vermelha, as aulas não precisam ser suspensas, mas as instituições devem cumprir as normas previstas nesta etapa.

As regras valem para todas as escolas estaduais. Em entrevista coletiva nesta quarta, a secretária Estadual de Educação Julia Sant’Anna disse que as escolas estaduais estão passando por adequação para o retorno, cumprindo as medidas de prevenção contra a Covid-19. De acordo com ela, R$ 125 milhões foram gastos para estas adaptações

“Houve um rigor, um cheklist a ser cumprido pelos diretores, indicando o que havia sido efetivamente realizado, com assinatura de um inspetor que foi acompanhando a adequação”.

Vídeos mais vistos do G1 MG:

Fonte: G1

Comunicar erro
Radio Jornal de Caceres
InfoJud 728x90
Combate a dengue 2023
Garotas de programa Goiania