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Justiça definiu que acusado de ter matado advogada seja julgado nos dia 3 e 4 de dezembro de 2020. Defesa pediu para que júri seja feito em outra comarca. Audiência de custódia de Luis Felipe Manvailer foi realizada na segunda-feira (23), em São Miguel do IguaçuReproduçãoA Justiça determinou que o julgamento de Luís Felipe Manvailer, acusado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) de ter assassinato de Tatiane Spitzner em Guarapuava, na região central do Paraná, seja realizado nos dias 3 e 4 de dezembro. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (14).Tatiane Spitzner foi encontrada morta na madrugada do dia 22 de julho de 2018 no apartamento em que morava em Guarapuava. O marido dela é réu no caso e responde por homicídio qualificado e fraude processual.O que se sabe do caso de Tatiane SpitznerEm julho de 2020, a Justiça determinou que o júri popular de Manvailer fosse marcado, após retorno de recursos que estavam em análise no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).A reportagem está sendo atualizada.Pedido de desaforamentoA defesa de Manvailer pediu à Justiça o desaforamento do caso, solicitando que o julgamento fosse realizado em outra comarca que não seja Guarapuava, onde o caso foi investigado.Na petição, a defesa justificou que "opinião pública foi induzida a uma situação que não foi provada" e que o "ambiente é desfavorável para um julgamento sem juízo de valores", segundo a assessoria.A petição ainda está sendo analisada pela Justiça.Relembre o casoTatiane Spitzner foi encontrada morta na madrugada do dia 22 de julho de 2018. De acordo com a Polícia Militar (PM), houve um chamado informando que uma mulher teria saltado ou sido jogada de um prédio.A polícia informou que encontrou sangue na calçada do prédio ao chegar no local. Testemunhas disseram que um homem carregou o corpo para dentro do edifício. Conforme a PM, o corpo de Tatiane estava dentro do apartamento.Luis Felipe Manvailer foi preso horas depois da morte da advogada ao se envolver em um acidente na BR-277, em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná. A cidade fica a aproximadamente 340 quilômetros de Guarapuava, onde o crime aconteceu.Durante uma audiência de custódia, Manvailer negou que tenha matado a esposa e disse que advogada cometeu suicídio. O acusado disse ainda que se acidentou porque a imagem de Tatiane pulando da sacada não saía da cabeça dele. Para a Polícia Civil, Manvailer tentava fugir para o Paraguai.Em uma audiência de instrução, no dia 21 de março, o acusado negou novamente que matou a advogada. Ele declarou que a família de Tatiane influenciou algumas testemunhas que disseram na delegacia que haviam ouvido a advogada gritando durante a queda.Segundo Manvailer, as testemunhas mudaram o depoimento nas audiências. No mesmo dia, o acusado preferiu não responder ao questionário feito pela Justiça e a audiência foi encerrada.Luís Felipe Manvailer, de 32 anos, professor universitário de biologia, era casado com Tatiane desde 2013, e o casal não tinha filhos.Veja mais notícias da região no G1 Campos Gerais e Sul.