Mauro reconhece força de Bolsonaro em Cuiabá e pontua que campanha não será fácil

Mauro Mendes (União) reconheceu a força da influência do ex-presidente Jair Bolsonaro em Cuiabá, após sua visita à capital do estado nessa segunda-feira (8). Em entrevista no dia 9, ele pontuou que a campanha para a prefeitura nas eleições de 2024 "não será fácil". O nome defendido por Mauro para o cargo é do deputado Eduardo Botelho (União), enquanto o candidato de Bolsonaro é Abilio Brunini (PL).

Uma multidão de cuiabanos recebeu o ex-presidente Jair Bolsonaro em Cuiabá e participou do evento em que foram lançadas as candidaturas de Flávia Moretti em Várzea Grande, do deputado estadual Cláudio Ferreira em Rondonópolis e do deputado federal Abilio Brunini em Cuiabá.

"Mobilizar pessoas hoje não é fácil. Nós temos que reconhecer que o presidente Bolsonaro é o único político brasileiro na atualidade que consegue fazer essas grandes mobilizações. [...] é um fenômeno, e aqui em Mato Grosso ele teve mais de 60% de votos na eleição de 2022 e é natural que ele tenha um grande número de admiradores aqui na Capital. Era um dia de feriado, isso facilita", disse Mauro.

O governador foi receber Bolsonaro e conversou com ele, no entanto, decidiu não participar dos atos políticos porque estavam relacionados a um candidato, que, segundo ele, "não é o que nos representa e ou que eu ache que é o melhor pra Cuiabá".

Ao ser questionado sobre a força que o nome do ex-presidente traz para uma campanha, Mauro disse que sabe disso e entende que qualquer campanha política é difícil.

"Nossos olhos estão sempre abertos e não existe campanha fácil, acho que campanha sempre é difícil, mas muito mais do que difícil é fazer a população compreender a dura realidade que Cuiabá tem hoje. Decisões erradas levam a consequências. Olha aí o caos que está Cuiabá por uma decisão errada que nós tomamos há algum tempo, das escolhas que fizemos. Se escolhermos errado de novo [...] podemos afundar ainda mais", disse.

Mendes voltou a falar que, quando anda pelo interior do estado, o que ouve é que os mato-grossenses "sentem vergonha do que tá acontecendo em Cuiabá".

O governador não chegou a dizer qual deve ser a estratégia de campanha de Botelho, mas aconselhou que a melhor tática é "falar a verdade".

"Eu não sou marqueteiro do Botelho e nem candidato, mas um bom discurso é sempre falar a verdade, não ser populista, não ficar mentindo para as pessoas, porque com a verdade é a melhor forma de você conquistar mentes e corações".