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Dólar abre em alta, de olho na situação fiscal brasileira e com cautela do exterior

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Por Redação em 26/09/2023 às 09:56:43
No dia anterior, a moeda norte-americana subiu 0,69%, cotada a R$ 4,9662. O Ibovespa, por sua vez, recuou 0,07%, aos 115.925 pontos. O dólar abriu mais um dia em alta nesta terça-feira (26), impactado por uma série de notícias que elevam a cautela dos investidores, aqui e lá fora. No Brasil, o mercado olha com atenção para a notícia de que o governo foi ao Supremos Tribunal Federal (STF) para tentar rever a cobrança dos precatórios federais.

Ainda no cenários doméstico, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) divulgou a ata de sua última reunião, sinalizando que é pouco provável que ocorra uma aceleração nos cortes de juros, porque as expectativas ainda são de inflação elevada.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados de setembro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é considerado a prévia da inflação oficial e subiu 0,35% no mês, puxado pela gasolina.

Já no exterior, a preocupação segue com a situação da China, que vive um período de crise no setor imobiliário, um dos mais importantes de sua economia, e com os juros nos Estados Unidos, que chegaram ao maior patamar desde a crise de 2008.

Dólar

Às 09h10, a moeda norte-americana subia 0,13%, cotada a R$ 4,9729. Veja mais cotações.

No dia anterior, o dólar fechou com alta de 0,69%, vendido a R$ 4,9662.

Com o resultado, a moeda passou a acumular:

altas de 0,69% na semana e de 0,33% no mês;

queda de 5,91% no ano.

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Ibovespa

Na véspera, o Ibovespa fechou o dia em leve queda de 0,07%, aos 115.925 pontos. A baixa foi puxada, sobretudo, pelo desempenho negativo das ações da Vale.

Com o resultado, o índice passou a acumular:

queda de 0,07% na semana;

altas de 0,16% no mês e de 5,64% no ano.

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O que está mexendo com os mercados?

No Brasil, o governo federal recorreu ao STF, pedindo a derrubada de trechos da chamada "PEC dos Precatórios". O Ministério da Fazenda pediu que o órgão torne os principais dispositivos da medida inconstitucionais e determine o pagamento imediato de todas as dívidas já expedidas.

Para isso, o governo quer classificar o principal – ou seja, o valor da dívida -- como despesa primária, deixando os juros sobre esse valor principal com despesa financeira,

Ou seja, ficariam fora da meta de resultado primário e dos limites de despesa que o governo deve cumprir. Isso faz diferença para o governo atingir ou não as metas de gastos a cada ano.

Por aqui, as atenções também estão voltadas para a divulgação da ata do Copom e do IPCA-15.

Na ata, o Copom avaliou que as contas públicas estariam entre os fatores a pressionar a inflação e afirmou que é "pouco provável", no momento atual, que a instituição promova um ritmo de corte maior na Selic, taxa básica de juros da economia.

Na semana passada, a taxa Selic caiu pela segunda vez consecutiva, passando de 13,25% para 12,75% ao ano. O corte foi de 0,5 ponto percentual.

Para as próximas reuniões, os integrantes do Copom concordaram, de forma unânime, com a expectativa de novos cortes de mesma magnitude e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo de desaceleração da inflação.

E por falar em inflação, o IBGE divulgou o IPCA-15 e a prévia da inflação oficial veio em linha com o que era esperado pelo mercado, com uma alta de 0,35% em setembro. No acumulado em 12 meses, o indicador tem alta de 5%, enquanto em 2023, até aqui, o avanço é de 3,74%.

Nos Estados Unidos, os juros continuam a chamar a atenção. Em sua última reunião, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizou que as taxas devem continuar em patamares elevados por vários meses, para conter a pressão inflacionária, após manter os juros inalterados entre 5,25% e 5,50% ao ano.

No entanto, o comunicado da instituição mostrou que nem todos os dirigentes concordavam com a decisão e que, dependendo dos próximos dados de inflação, novos aumentos das taxas poderiam vir pela frente.

Com essa preocupação no radar, a taxa de 10 anos dos títulos públicos americanos - tidos como os mais seguros do mundo - chegou a bater 4,56%, no maior nível desde 2007, quando o banco Lemann Brothers quebrou e a crise financeira teve início.

Ainda no exterior, os investidores seguem de olho nas dificuldades do setor imobiliário chinês. O aprofundamento da crise na gigante chinesa Evergrande - que está com uma dívida de US$ 35 bilhões - continua chamando a atenção do mercado e gerando preocupações.

No fim da semana passada, a incorporadora anunciou o cancelamento de um plano de reestruturação da sua dívida de cerca de US$ 35 bilhões. Depois, no domingo (24), a empresa informou que está impossibilitada de emitir novos títulos de dívidas, que são usados para financiar parte de seus pagamentos - o que tonar a situação ainda mais difícil de honrar seus compromissos financeiros.

O receio é que a crise da Evergrande e do setor imobiliário como um todo, que é um dos mais importantes para a atividade econômica do país, gere um efeito cascata sobre toda a economia.

Fonte: G1

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