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Fundação Clóvis Salgado completa 50 anos com nova identidade visual e mais atuação virtual

Por Redação em 22/06/2020 às 05:57:39

Inaugurada em 1970, por causa da pandemia do novo coronavírus, instituição ampliou atuação digital com a produção de conteúdos artísticos por meio do projeto 'Palácio em sua companhia'. Palácio em sua companhia

Fundação Clóvis Salgado/Divulgação

A Fundação Clóvis Salgado (FCS) de Belo Horizonte completou 50 anos neste mês e, para comemorar o cinquentenário, estava programa uma série de atividades, mas por causa da pandemia do novo coronavírus, os planos foram adiados.

"Pensamos em uma programação intensa que precisou ser adiada, não cancelada. A Fundação é uma instituição muito singular tanto no Brasil quando na América Latina e até no mundo", disse a presidente da FCS, Eliane Parreiras.

Fundada em 10 de junho de 1970, a FCS é uma instituição cultural ampla e complexa que chega aos 50 anos com atuação e diretrizes consolidadas e, ao mesmo tempo, se lança a novos desafios.

Por causa da pandemia, a FCS ampliou a atuação digital com a produção de conteúdos artísticos por meio do projeto "Palácio em sua companhia".

Mais integração virtual

Fundação Clóvis Salgado/Divulgação

Diariamente, são publicados, nas redes sociais, vídeos dos artistas dos três Corpos Artísticos (Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais e Cia. de Dança Palácio das Artes), apresentando criações, além da publicação de conteúdo formativo na arte e na cultura, com materiais produzidos pelos professores e alunos do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart).

"Esse é um importante instrumento de democratização do acesso, descentralização de conteúdo, de formação de novos públicos e de interatividade e integração da instituição com a sociedade. Isso ganha ainda outra dimensão quando ofertamos arte exclusivamente criada para esse projeto", falou Eliane.

Junto com a transformação digital, a Fundação lançou também uma marca. A nova identidade visual foi inspirada na fachada do prédio do Palácio das Artes, e celebra a contribuição cultural fomentada pela instituição ao longo de cinco décadas.

O novo Sistema de Identidade Visual (SIV) busca transmitir a diversidade da programação dos espaços culturais da FCS. Segundo o diretor de criação Gustavo Greco, a angulação das aletas é transportada para a marca por meio de composição tipográfica.

Abraço virtual em tempos de pandemia

Fundação Clóvis Salgado/Divulgação

"O elemento visual das aletas se apresenta com sua forma preenchida, repetida, espelhada, redimensionada e rotacionada, gerando padrões e composições mais elaboradas, destaca".

A nova logomarca possui também uma versão com o número "50" compondo as assinaturas da Fundação e do Palácio das Artes, que serão usadas em 2020, para comemorar o aniversário da FCS, e em 2021, quando o Palácio das Artes completa 50 anos.

As assinaturas dos espaços culturais que integram a FCS – Palácio das Artes, Serraria Souza Pinto e CâmeraSete - Casa da Fotografia de Minas Gerais – são compostas pela marca da Fundação Clóvis Salgado mais o nome do espaço.

Também os Corpos Artísticos – Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – ganharam assinaturas, com a marca da Fundação Clóvis Salgado mais o nome do grupo na cor associada ao mesmo. Foi pensada, ainda, a relação da marca com os diferentes segmentos artísticos presentes na Fundação Clóvis Salgado como Ópera, Música, Cinema, Artes Visuais e Formação, entre outros.

Novas marcas da Fundação Clóvis Salgado

Fundação Clóvis Salgado/Divulgação

Por causa da pandemia da Covid-19 e o consequente fechamento dos teatros e centros culturais, a comemoração do cinquentenário da FCS será por meio de postagens no site e redes sociais. São mensagens de autoridades e artistas parabenizando a Instituição pela passagem dos 50 anos.

História

Fundação Clóvis Salgado

Fundação Clóvis Salgado/Divulgação

Em 1940, o então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek, almeja a construção de um novo Teatro Municipal, uma vez que o teatro velho, localizado na esquina das ruas Bahia e Goiás, viria a se transformar em um cinema.

Em 1943, iniciam-se as obras o nome do grupo na cor associada ao mesmo. Foi pensada, ainda, a relação da marca com os diferentes segmentos artísticos presentes na Fundação Clóvis Salgado como Ópera, Música, Cinema, Artes Visuais e Formação, entre outros.

Por motivos diversos as obras foram paralisadas em 1945. Belo Horizonte, sem o Teatro Municipal recebe, em caráter provisório, o "Teatro de Emergência". Inaugurado em 1950, o novo espaço receberia mais tarde o nome de "Teatro Francisco Nunes", no Parque Municipal Américo Renné Giannetti (Parque Municipal).

Entrada do Palácio das Artes, em BH

Fundação Clóvis Salgado/Divulgação

Diversos prefeitos sucederam JK e poucas tentativas de conclusão das obras foram feitas. em uma dessas investidas, concluiu-se que o projeto elaborado por Niemeyer já não condizia com os novos tempos.

Reformula-se e redimensiona-se, em 1955, o projeto original, agora a cargo do arquiteto Hélio Ferreira Pinto. Nesse novo projeto, o Palácio das Artes volta-se para a Avenida Afonso Pena, abrigando, entre outros espaços, uma sala de exposição, um museu de gravura, um teatro de câmera voltado para o Parque Municipal, além do tão esperado grande teatro.

Em 1966, o governador Israel Pinheiro assume o compromisso de conclusão do Palácio das Artes. Para acompanhamento das obras, forma-se a Comissão do Palácio das Artes, que desempenha papel fundamental nos novos destinos da Casa, elaborando, inclusive, os estatutos que subsidiariam a criação da Fundação Palácio das Artes. Além das funções culturais, o novo perfil delineado para o Palácio das Artes passa a enfatizar o potencial turístico do Estado.

Finalizadas as obras do primeiro bloco, são inaugurados o Centro de Artesanato Mineiro e o Salão de Exposições, em 1970. Em 14 de março de 1971, o Grande Teatro do Palácio das Artes é inaugurado, com o oratório O Messias, de Haendel, com a Orquestra Sinfônica Nacional, Rádio Ministério da Educação e Cultura e Coro da Associação de Canto Coral do Rio de Janeiro, regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky.

Atuação

A Instituição expandiu as ações e atualmente é responsável pela gestão não somente do Palácio das Artes, mas também da Serraria Souza Pinto e da CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais.

O Palácio das Artes é considerado um dos raros espaços culturais públicos no país e na América Latina que reúne, em um mesmo local diversos e significativos equipamentos, como Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, PQNA Galeria Pedro Moraleida, Galeria Aberta Amilcar de Castro, Galeria Arlinda Corrêa Lima, Galeria Genesco Murta, Espaço Mari"Stella Tristão, Cine Humberto Mauro, Sala Juvenal Dias e Teatro João Ceschiatti.

Também gerencia três corpos artísticos: Cia. de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, com os quais promove eventos preferencialmente com entrada gratuita ou a preços populares para facilitar o acesso de público intenso e diversificado à cultura, com o cuidado necessário para garantir uma permanente e qualificada programação artística.

A FCS tem ainda gere o Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart), responsável por promover a formação em diversas linguagens artísticas e em Tecnologia da Cena. Um dos aspectos mais valiosos dessa formação é a possibilidade da vivência prática dos alunos nos espaços profissionais do Palácio das Artes, onde está sediada uma de suas unidades, além da atuação nos Grupos Jovens e apresentações artísticas.

Fachada Palácio das Artes

Fundação Clóvis Salgado/Divulgação

Pelos palcos, galerias e demais espaços da Fundação Clóvis Salgado, é presença constante a diversidade cultural do Brasil e do mundo.

Pandemia

Desde o dia 18 de março as atividades da FCS foram suspensas e a receita está paralisada por causa da pandemia da Covid-19. De acordo com Eliane, houve um remanejamento e reprogramação da maioria dos espetáculos.

"Houve poucas devoluções de ingressos e cancelamentos de espetáculos. As atividades vão voltar gradualmente. As atividades serão adiadas ou canceladas. Essa avaliação é feita semanalmente".

A presidente disse que a fonte de receita vem do estado e que os patrocinadores não abandonaram os projetos que apoiam.

"Estamos em negociação de projetos com cada patrocinador. Alguns serão colocados no meio virtual ou serão adiados".

Eliane explicou ainda que a presença do público é imprescindível para gerar receita porque percebe-se uma retração no patrocínio em um futuro próximo.

Para tentar traçar metas, Eliane disse que os principais teatros e centros culturais do país se reúnem em fóruns com objetivo de padronizar um processo de retomada.

"Para discutir caminhos possíveis para as artes e a cultura", falou Eliane.

A presidente da Fundação Clóvis Salgado, Eliane Parreiras

Fundação Clóvis Salgado/Divulgação

Fonte: G1

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