O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 1Âș de janeiro, que vai impor restrições de vistos para autoridades talibãs devido à repressão contra as mulheres no Afeganistão, depois dos decretos que impedem as mulheres afegãs de frequentar a universidade ou trabalhar para ONGs. "Através destas decisões, os talibãs demonstraram mais uma vez o seu desrespeito pelo bem-estar do povo afegão", justificou o secretĂĄrio de Estado americano, Antony Blinken, em comunicado. As restrições de vistos serão aplicadas a autoridades atuais e antigas, membros de grupos de segurança não estatais e outros indivĂduos responsĂĄveis pelas recentes medidas de repressão. Além disso, os membros da famĂlia dos indivĂduos sancionados também estão sujeitos às restrições. No comunicado, Blinken recorda que as ações dos talibãs tiraram mais de um milhão de mulheres e meninas afegãs das salas de aula, "e incontĂĄveis mulheres dos seus empregos".
Desde que os fundamentalistas chegaram ao poder, hĂĄ um ano e meio, as mulheres viram os seus direitos restringidos no Afeganistão com a segregação de gĂȘnero em locais pĂșblicos, a imposição do véu e a obrigação de serem acompanhadas por um parente masculino em viagens longas. A realidade atual das mulheres afegãs se assemelha cada vez mais ao primeiro regime talibã, entre 1996 e 2001, quando uma interpretação rĂgida do islã e do seu rigoroso código social conhecido como Pashtunwali proibiu as mulheres de frequentarem a escola e as confinou ao lar.
*Com informações da EFE
Fonte: JP