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Hanseníase: estudo da UnB desenvolve nova forma para tratar doença

Por Redação em 15/01/2023 às 08:27:06
Atualmente, tratamento é realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sem necessidade de internação, com uso de medicamentos combinados durante 6 a 12 meses. Pesquisa encontrou fórmula que envolve uso de apenas um remédio. Lesão causada pela Hanseníase

Divulgação/Prefeitura Municipal de Piracicaba

A Universidade de Brasília (UnB) coordenou um ensaio clínico que mostrou ser possível combater a hanseníase com um único regime de tratamento de curta duração, o U-MDT. O tratamento pode ser feito em todos os pacientes, independente da classificação clínica, e é composto por doses mensais e diárias de medicamentos administrados durante seis meses.

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Atualmente, o tratamento é realizado pelo SUS, sem necessidade de internação, com uso de medicamentos combinados durante 6 a 12 meses. Iniciada a medicação, a cadeia de transmissão é quebrada.

A hanseníase é uma doença crônica que pode afetar qualquer pessoa e é causada pela exposição prolongada à bactéria Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen. A principal característica é a alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes (veja mais detalhes abaixo).

O estudo da UnB envolveu cientistas de vários países e durou 15 anos. A universidade tem um ambulatório de referência para atender pacientes de hanseníase e integrar a Rede Universitária de Combate à Hanseníase (Rede Hans).

Hanseníase no Brasil

Casos de hanseníase

Reprodução/Redes Sociais

Quase eliminada no início dos anos 2000, mais de 150 mil brasileiros foram diagnosticados com a doença entre os anos de 2016 e 2020, segundo dados do último boletim epidemiológico sobre o tema publicado em janeiro pelo Ministério da Saúde.

Atrás apenas da Índia em registro de novos casos, a hanseníase segue sendo tratada como problema de saúde pública no Brasil.

Transmissão

A doença é transmitida através de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse ou espirro de pessoas não tratadas e em fases mais adiantadas da doença. Com o início do tratamento, a transmissão é interrompida.

A maioria das pessoas têm resistência à bactéria: a cada dez, apenas uma adoece. Em geral, é preciso uma relação próxima e frequente para que a doença se instale, por isso todas as pessoas que convivem com o doente devem ser examinadas. O contato com a pele ou objetos não transmite a doença.

Sintomas

A hanseníase pode afetar os nervos, comprometendo movimentos

GETTY IMAGES/BBC

Os nervos periféricos vão sendo afetados lentamente, por isso é preciso atenção a si mesmo para notar as alterações desde o início. Pode levar anos para os sintomas se tornarem evidentes:

Manchas em qualquer parte do corpo, com perda ou alteração de sensibilidade ao calor, dor ou tato (se queima ou machuca sem perceber);

Formigamentos, choques, agulhadas, câimbras ou dormência nos braços e pernas;

Diminuição da força muscular, dificuldade para pegar objetos, segurar chinelos nos pés;

Nervos engrossados e doloridos, feridas difíceis de curar, principalmente em pés e mãos;

Áreas da pele muito ressecadas, que não suam, com queda de pelos, (especialmente nas sobrancelhas), caroços pelo corpo;

Coceira ou irritação nos olhos;

Entupimento, sangramento ou ferida no nariz.

Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

Fonte: G1

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