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Entrega de cestas básicas e refeições nas ruas buscam combater a fome em MT

Por Redação em 17/11/2022 às 17:15:19

Alimentos são entregues em Cuiabá e em Várzea Grande, região metropolitana. Prefeituras distribuem cestas básicas e refeições nas ruas

Pessoas em situação de rua e até mesmo quem tem casa, mas sem ter o que comer, buscam a fila de doação de alimentos no Morro da Luz, em Cuiabá.

O aposentado Antônio Siqueira contou que depende dessa doação para garantir a alimentação, uma vez que a aposentadoria não cobre todas as despesas.

"Eu ganho um salário mínimo, pago aluguel, água, luz e ainda tenho que comprar remédios que não acho de graça. E também tenho que me alimentar. Eu pego uma marmita para economizar", contou.

A Secretaria de Assistência Social de Cuiabá entrega todo dia aproximadamente 450 refeições em vários pontos da cidade, sendo que 150 são levadas para os trabalhadores do aterro sanitário.

Em Várzea Grande, região metropolitana da capital, ao menos 73 mil famílias estão cadastradas no programa social do governo federal CadÚnico. Deste total, 36 mil recebem Auxílio Brasil, de acordo com os dados da secretaria.

Pessoas em situação de rua e em vulnerabilidade formam fila para receber doações em Cuiabá

TV Centro América

Neste ano, o município recebeu 30 mil cestas básicas e 100 mil famílias foram atendidas.

Apesar das dificuldades, não falta solidariedade. A vendedora Carmem Silvana precisou buscar uma cesta básica para a vizinha que passava por dificuldades e ainda levou um carrinho para ajudar as outras amigas.

"Porque eu entrego água e, então, as vizinhas estavam precisando de cesta e era maior, e eu falei que ia lá com o carrinho", disse.

Mas para a fome desaparecer, é preciso ter renda, de acordo com especialistas. Uma pesquisa da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Penssan) mostrou que 33% das famílias passam por algum grau de insegurança alimentar, sendo uma consequência da crise econômica e do reajuste do salário mínimo abaixo da inflação.

A insegurança alimentar também se refere à qualidade dos alimentos e à quantidade de vezes que a pessoa se alimenta ao dia.

Segundo a secretária de Assistência Social de Várzea Grande, Ana Cristina Vieira, para melhorar a qualidade de vida dessas famílias, a pasta tem incentivado a capacitação prossifional dos moradores.

"Nós ofertamos mais de 113 cursos e mais de 3 mil pessoas qualificadas em cursos diversos, como cozinheira, costureira, alvenaria, pedreiro de revestimento. A ideia é tirar essa família da situação de vulnerabilidade. Acredito, sim, que temos de oferecer alimentos e subsídio à eles, mas não parar por aí", explicou.

Autônomos e desempregados se alimentam todo dia no Restaurante Popular, com o prato custando R$ 1. De janeiro a outubro deste ano, foram servidas mais de 129 mil refeições e para quase 80% dessas pessoas é a principal alimentação do dia.

De acordo com a Secretaria Estadual de Assistência Social (Setasc), o atendimento aumentou 30% neste ano e a maioria das famílias que buscam por este serviço sobrevivem com um salário mínimo.

Restaurante Popular atende pessoas em situação de vulnerabilidade social — Foto: TV Centro América


Fonte: G1

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