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'Piratas do Agro': Suspeito de liderar quadrilha que falsificava agrotóxicos em Franca Ă© preso no Sul de MG

Por Redação em 03/11/2022 às 11:09:00
Homem detido em São José da Barra estava foragido desde 17 de agosto, quando força-tarefa prendeu oito pessoas no interior de São Paulo. Policiais também cumpriram seis mandados de busca e apreensão em Ribeirão Preto. Investigado por suspeita de liderar quadrilha que falsificava agrotóxicos foi preso na zona rural de São José da Barra (MG) na manhã desta quinta-feira (3).

Divulgação

Um homem suspeito de ser o lĂ­der de uma organização criminosa de Franca (SP) especializada na falsificação de agrotóxicos foi preso na manhã desta quinta-feira (3) em São José da Barra (MG). Ele era procurado pela polĂ­cia desde 17 de agosto, quando a Operação 'Piratas do Agro' prendeu oito pessoas no interior paulista.

O homem foi localizado em uma propriedade na zona rural do municĂ­pio, que fica na região de Passos (MG). Segundo o promotor de Justiça Adriano Mélega, ele é um dos responsĂĄveis por gerenciar o esquema de fabricação dos agrotóxicos e também de distribuição dos produtos falsos por todo o Brasil.

Leia também: 'Piratas do Agro': Quadrilha investigada em Franca enviava agrotóxicos adulterados até por correio, diz Gaeco

"Um dos principais papeis dele era justamente o de criar laboratórios clandestinos, cooptar trabalhadores e coordenar as vendas e a distribuição por todo o Brasil. Ele tinha um papel de lĂ­der, de gerenciamento," explica.

O homem foi preso preventivamente e, ainda de acordo com Mélega, deve responder por crimes relacionados à formação de organização criminosa, crimes ambientais, crime contra o consumidor e falsidade ideológica.

Embalagens de agrotóxicos apreendidas durante operação 'Piratas do Agro', em Franca (SP) e região

Reprodução/EPTV

A investigação, que ainda estĂĄ em andamento, também apura indĂ­cios da participação do homem em esquema de lavagem de dinheiro.

Simultaneamente à ação em Minas Gerais, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Ribeirão Preto (SP). Segundo o promotor Mélega, um dos mandados tinha como alvo o proprietĂĄrio do imóvel em São José da Barra em que o suspeito foi encontrado.

Veja: Gaeco e PRF cumprem mandados contra quadrilha especializada em falsificação de agrotóxicos em Franca e região

O proprietĂĄrio foi encontrado nos Campos ElĂ­seos, zona Norte de Ribeirão. Com ele, foram apreendidos celulares e documentos. Durante a abordagem, os policiais também encontraram uma arma de fogo não regularizada, e o homem acabou preso em flagrante por posse ilegal.

Gaeco e PolĂ­cia RodoviĂĄria Federal fazem operação contra crime organizado em Franca, SP

Prisão de testemunha

Durante a operação que prendeu o suposto lĂ­der da quadrilha, os policiais acabaram prendendo também um foragido da justiça de Jardinópolis (SP). O homem estava na casa em frente ao local onde a operação aconteceu em São José da Barra, e inicialmente, seria ouvido como testemunha da operação.

"A famĂ­lia dele mora em frente ao local onde a gente estava cumprindo o mandado. Durante as diligĂȘncias, a gente descobriu que ele era foragido de Jardinópolis," explicou Mélega.

Ainda segundo o promotor, o homem tinha mandado de prisão em aberto pelo crime de homicĂ­dio. Ele foi detido e seria levado para a delegacia de Alpinópolis (MG).

Operação que prendeu suposto lĂ­der de organização que falsificava agrotóxicos envolveu policiais militares de Minas Gerais e São Paulo, assim como integrantes do Gaeco de Passos, MG.

Divulgação

Operação 'Piratas do Agro'

A quadrilha investigada pela operação 'Piratas do Agro' operava em Franca (SP). Em 17 de agosto, uma força-tarefa composta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério PĂșblico, e a PolĂ­cia RodoviĂĄria Federal (PRF), cumpriu oito mandados de prisão temporĂĄria e 24 de busca e apreensão.

As ações envolveram mais de 150 agentes, 50 viaturas e helicóptero em cidades como Franca, Cristais Paulista (SP), Ribeirão Preto (SP) e Igarapava (SP). A investigação teve inĂ­cio em 2020, a partir de apreensões de cargas de agrotóxicos adulterados.

"O agrotóxico é um produto muito controlado por diversos órgãos de vigilância e esse agrotóxico era feito dentro de um depósito com fabricação manual, com produtos reutilizados, com produtos quĂ­micos sem origem, com origem desconhecida, em que eram colocados os produtos manipulados dentro das embalagens reutilizadas e fabricados burlados rótulos falsos com selos falsos e vendidos como os originais", afirmou Cristiano Vasconcellos, coordenador geral de comunicação social da PRF.

Segundo as investigações, a organização criminosa atuava na produção e no comércio ilegal de defensivos agrĂ­colas. Os produtos falsificados eram produzidos majoritariamente no interior de São Paulo e eram destinados a diferentes regiões do paĂ­s por meio de um esquema complexo, com cargas transportadas tanto por rodovias quanto por remessas menores, enviadas pelo correio.

Os integrantes da organização ainda são investigados por crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica em documentos pĂșblicos.

Agentes da PRF na Operação Piratas do Agro, em Franca (SP)

Isabela Diógenes/RPTV

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Fonte: G1

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