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Autoridades e entidades se manifestam sobre reação de Jefferson contra a PF para evitar a prisão

Por Redação em 23/10/2022 às 15:26:51
Ex-deputado federal atirou em policiais que cumpriam mandado de prisão contra ele, no interior do Rio. Ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou prisão após Jefferson desobedecer medidas da prisão domiciliar. Roberto Jefferson resiste a ordem de prisão

Reprodução

Autoridades e entidades se manifestam neste domingo (23) sobre o episódio de resistência à prisão do ex-deputado federal Roberto Jefferson, que teve a domiciliar revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após descumprir medida de proibição de usar redes sociais.

Jefferson atirou em policiais federais que foram cumprir o mandado de prisão na cidade de Comendador Levy Gasparian, no interior do Estado do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada por fontes da PF e pelo advogado de Jefferson, Luiz Gustavo Cunha. Jefferson é aliado do presidente da República e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL).

Veja os comentários:

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência

“Eu fui informado que não só trocou tiros como soltou uma granada nos policiais (...). Não é um comportamento adequado, não é um comportamento normal (...) Nós disputamos tantas eleições, tantas eleições, há 50 anos que disputamos eleições, a gente nunca viu uma aberração dessa, uma ofensa dessa, uma cretinice dessa que esse cidadão que é o meu adversário estabeleceu no país. Ele conseguiu criar nesse país uma parcela da sociedade brasileira raivosa, com ódio, mentirosa e que espalha fake news o dia inteiro sem se importar se o filho dele está vendo, ouvindo a mentira ou não. É desrespeito pela sociedade. Eu acho que isso gera comportamento como esse do Roberto Jefferson.”

Jair Bolsonaro (PL), presidente da República e candidato à reeleição

“Repudio as falas do Sr. Roberto Jefferson contra a ministra Cármen Lúcia e sua ação armada contra agentes da PF, bem como a existência de inquéritos sem nenhum respaldo na Constituição e sem a atuação do MP. Determinei a ida do ministro da Justiça ao Rio de Janeiro para acompanhar o andamento deste lamentável episódio.”

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado

“As atitudes repugnantes que ofenderam a ministra Cármen Lúcia e a deputada Marina Silva, duas valorosas mulheres brasileiras, não representam a nossa sociedade, que busca um país com mais equilíbrio, serenidade e igualdade. Preocupa-nos quantos fatos desses, a todo instante, acontecem com as mulheres Brasil afora sem que tenhamos conhecimento. Puni-los e calá-los é obrigação moral das instituições, principalmente da Justiça Penal. O Estado democrático de Direito confere liberdades ao cidadão, jamais o direito de praticar crimes e violar direito alheio.”

Randolfe Rodrigues (Rede-AP), senador

"Os acontecimentos das últimas horas mostram diante de qual escolha nós estaremos, no curso dessa semana, até o próximo domingo. Um conhecido bolsonarista, delinquente e em prisão domiciliar, grava um vídeo, covarde, machista contra uma ministra do STF. A Justiça toma a medida de recolhê-lo e o que ele faz? Ele atira, dispara tiros contra policiais federais, atinge dois, lança granadas, reage de forma igualmente covarde contra as forças de segurança. É isto que representa o bolsonarismo, é isto que representa Bolsonaro. É contra isso que estamos lutando para devolver a democracia ao país. A esta altura, não se trata mais de manter a democracia, mas de interromper um ciclo autoritário que está em curso no nosso Brasil.”

Tania Prado, presidente da Federação Nacional dos Delegados da PF (Fenadepol) e do Sindicato dos Delegados da PF em São Paulo

“Os fatos ocorridos hoje são gravíssimos, trata-se de tentativa de homicídio qualificado praticado contra policiais federais, uma afronta ao Estado constituído, e merece punição exemplar ao seu autor.”

Fonte: G1

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