Jurista jĂĄ tinha declaro apoio ao candidato petista no 1Âș turno. Ele cita, entre outros pontos em declaração, o 'respeito ao meio ambiente como condição primordial e sobrevivĂȘncia da nossa geração'. O jurista Miguel Reale JĂșnior, um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), declarou nesta quarta-feira (5) que apoia a eleição de Lula (PT) à PresidĂȘncia da RepĂșblica. Ele também declarou apoio ao petista no primeiro turno.
Em um comunicado, Reale afirma que o paĂs deve passar por um momento de conciliação e que o candidato petista teria capacidade de "conciliar e governar."
"Prezados amigos e amigas, é a hora fundamental para estarmos juntos. Devemos estar juntos e devemos nos manter juntos. E por que devemos estar juntos e nos mantermos juntos? Para impedir que o paĂs seja, novamente, dominado pelo obscurantismo. O que mais fez falta a esse paĂs nesses quatro anos foi o respeito à pessoa humana."
Ex-ministro da Justiça de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que também declarou votar em Lula, Reale JĂșnior afirma que falta transparĂȘncia de informações no governo Bolsonaro.
"Nós queremos um paĂs que que exista a liberdade da troca de ideias, de diversidade, de pluralidade, de criação cultura e não um paĂs do obscurantismo, do atraso e das ideias feitas e da fake news. Nós queremos transparĂȘncia. TransparĂȘncia que não existe no orçamento secreto. TransparĂȘncia que não existe no sigilo decretado para atos dos parentes por cem anos. TransparĂȘncia que não existe na compra de imóveis com dinheiro vivo. Isto que nós queremos, e isto nós vamos obter com Lula no poder, porque Lula demonstrou capacidade de governar e capacidade de conciliar. Ele irĂĄ conciliar. É isto que nós precisamos. Estarmos juntos, nos mantermos juntos. Agora e depois."
Impeachment de Dilma e Bolsonaro
Reale JĂșnior foi autor, ao lado do também jurista Hélio Bicudo e da hoje deputada estadual Janaina Paschoal (PRTB), do pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2015, por crime de responsabilidade. O pedido culminou com a saĂda da petista do poder em 2016, após processo no Congresso Nacional.
Com base no relatório da CPI da Pandemia, o jurista também apresentou, em dezembro de 2021 à Câmara dos Deputados, um pedido de impeachment contra o presidente Bolsonaro.
O documento foi assinado por 17 juristas e um médico, mas não foi aceito pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aliado do atual presidente.
"O que o Bolsonaro fez durante a pandemia foi muito mais grave do que a Dilma fez. Durante um perĂodo tão crĂtico, ele se notabilizou pela total falta de empatia com os mais sofridos. (...) A vitória do Lula no primeiro turno é importante para impedir qualquer ação de [Jair] Bolsonaro para se manter no poder", declarou Miguel Reale Jr.