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MP Eleitoral diz ao TSE que não houve infração eleitoral de Lula ao chamar Bolsonaro de 'genocida'

Por Redação em 20/08/2022 às 22:54:32
No entanto, MPE considerou que campanha de Lula deve ser multada por pedido explĂ­cito de votos antes do inĂ­cio oficial da campanha. Parecer foi apresentado à Corte Eleitoral em uma ação do PL. O Ministério PĂșblico Eleitoral defendeu, em parecer enviado neste sĂĄbado (20) ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o ex-presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva não cometeu infração eleitoral ao se referir ao presidente Jair Bolsonaro como "genocida".

O MP se manifestou em uma ação em que o PL, partido de Bolsonaro, acusou Lula e o PT de propagação de discurso de ódio e ataques à honra e à imagem do presidente. O caso envolve um evento em Teresina, no PiauĂ­, no dia 3 de agosto, com a presença de Lula.

Segundo o PL, além das afirmações sobre o presidente, houve propaganda eleitoral irregular, por ter havido pedido explĂ­cito de votos.

O MP eleitoral se manifestou após determinação da relatora do caso, a ministra Maria Claudia Bucchianeri.

No parecer enviado à Corte neste sĂĄbado (20), o vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gustavo Gonet Branco entendeu que, em relação às declarações sobre Bolsonaro, não hĂĄ como reconhecer irregularidade eleitoral.

No documento, o subprocurador afirmou que o cenĂĄrio eleitoral tem "peculiaridades" — como uma abertura e tolerância maior à crĂ­tica — "que devem suavizar os rigores na apreciação das palavras usadas pelos atores do processo quando de suas avaliações recĂ­procas".

"Sob o compasso dessas premissas, não é de se discernir, na referĂȘncia a "genocida" impugnada pela representação, para além do propósito de crĂ­tica ĂĄcida à condução de polĂ­tica pĂșblicas, teor de malignidade que o torne incluĂ­do no domĂ­nio do ilĂ­cito eleitoral", prosseguiu Gonet Branco.

"Todo aquele que assume posição de governo estĂĄ sujeito a apreciações exaltadas sobre decisões que tomou no perĂ­odo da sua Administração, por meio de crĂ­ticas que tendem a subir de ponto em tempos próximos de eleições em que o alvo é tido como candidato. Cabe, enfim, ver o emprego da expressão que provocou a representação como fórmula utilizada em conotação admissĂ­vel no debate polĂ­tico, dadas as circunstâncias que cercaram o discurso", completou.

Por outro lado, Gonet se posicionou pela aplicação de multa à campanha do ex-presidente, por considerar que houve pedido explĂ­cito de votos.

"O parecer, assim, é pela aplicação da sanção de multa, em virtude do pedido explĂ­cito de voto, mas não reconhece ilĂ­cito eleitoral nas palavras de crĂ­tica dirigidas ao candidato do partido representante", afirmou.

Outra ação

Em outra ação - que trata de uma declaração de Lula, feita em Garanhuns (PE), em que ele também se refere a Bolsonaro como genocida — o ministro Raul AraĂșjo decidiu que os vĂ­deos deveriam ser retirados do ar pelas redes sociais.

Fonte: G1

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