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Filho de Bolsonaro, Jair Renan deve depor à PF nesta quinta sobre suposto trĂĄfico de influĂȘncia no governo

Por Redação em 07/04/2022 às 08:10:44
Polícia Federal apura se ele atuou junto ao Executivo em benefício da própria empresa; inquérito foi aberto em março de 2021, a pedido do MPF. Em dezembro, filho do presidente faltou ao depoimento, alegando problemas de saúde; g1 tenta contato com defesa. Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, participa de coquetel de lançamento oficial do projeto Moving 360, no Estádio Nacional de Brasília, em 19 de novembro

Tiago Teles/Thenews2/Estadão Conteúdo

Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), deve prestar depoimento à Polícia Federal, na tarde desta quinta-feira (7), no âmbito de uma investigação que apura a possível prática dos crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro. A informação foi confirmada pela TV Globo.

A PF apura se Jair Renan atuou junto ao governo em benefício da própria empresa (entenda abaixo). O inquérito foi aberto em março de 2021, a pedido do Ministério Público Federal (MPF), com base em denúncia apresentada por parlamentares de oposição ao governo.

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O depoimento já havia sido marcado para dezembro do ano passado, mas o filho do presidente não compareceu, alegando estar com uma virose. Até a última atualização desta reportagem, o g1 não tinha conseguido contato com a defesa de Jair Renan.

À época do primeiro depoimento, o advogado Frederick Wassef, que defende o jovem, afirmou que o inquérito faz parte de "atos coordenados para atingir o presidente Bolsonaro" e que Jair Renan não recebeu vantagens indevidas.

Entenda a investigação

A Bolsonaro Jr Eventos e Mídia, empresa de Jair Renan, foi criada no final do ano passado. A festa de inauguração do escritório teve cobertura de fotos e vídeos feita de graça por uma produtora que prestava serviços para o governo federal.

Nas redes sociais da empresa do filho do presidente havia, à época da abertura das investigações, fotos de duas peças de mármore que decoram o escritório.

A empresa Gramazini, do ramo de mineração e construção, foi marcada nessa publicação. Um dos sócios da Gramazini foi à festa de inauguração da empresa.

Um parceiro comercial do filho do presidente, Allan Lucena, que dividia o escritório com ele, disse que ganhou um carro elétrico da empresa Neon Motors, ligada a esse mesmo grupo empresarial, como revelou o jornal "O Globo".

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Em um vídeo, Allan Lucena aparece saindo do carro que, segundo ele, foi doado pelas empresas "Gramazine e grupo WK".

Em outro vídeo, publicado na rede social de uma empresa envolvida na doação, é possível ver Renan caminhando no pátio de uma empresa de granito do grupo, no Espírito Santo. Ao fundo, aparece um carro como o que foi doado ao parceiro do filho do presidente.

A PF investiga se, em novembro do ano passado, Renan Bolsonaro atuou para que o grupo empresarial conseguisse duas reuniões no Ministério do Desenvolvimento Regional para falar sobre um projeto de construção de casas populares.

À época da abertura do inquérito, o Ministério do Desenvolvimento Regional disse que as reuniões foram marcadas a pedido de Jair Fonseca, um assessor especial do presidente da República.

Renan Bolsonaro e o parceiro comercial dele, Allan Lucena, participaram pessoalmente das duas reuniões no ministério, ao lado de empresários — um deles da Gramazini — em novembro do ano passado.

Em uma dessas reuniões, o ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) estava presente. Na agenda pública, só o nome do assessor da presidência aparece — não há menções ao filho do presidente ou aos empresários.

Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

Fonte: G1

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