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Justiça Eleitoral arquiva inquérito que apurava difamação contra Doria após divulgação de vídeo íntimo em 2018

Por Redação em 14/03/2022 às 22:20:52
Perícia elaborada pela Polícia Federal em janeiro não encontrou a origem da gravação e descartou sinais de edição em vídeo. Arquivamento ocorreu a pedido do MP. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), durante evento no Palácio dos Bandeirantes.

Secom/GESP

A Justiça Eleitoral arquivou um inquérito policial aberto na Polícia Federal que apurava o crime de difamação eleitoral contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), após a divulgação de um vídeo íntimo atribuído a ele e divulgado nas redes sociais durante a campanha eleitoral de 2018. Na época, Doria disse que o vídeo era falso e que tomaria as medidas judiciais cabíveis.

A decisão da Justiça atende a um pedido do promotor eleitoral Luís Gabo Alvares, após a PF ter concluído o inquérito na semana passada.

Uma perícia da Polícia Federal, concluída em 22 de janeiro deste ano, descartou “sinais de adulteração” no vídeo. A PF, porém, disse que não conseguiu identificar as mulheres que aparecem na gravação e nem a origem da filmagem.

A investigação foi aberta a pedido do próprio governador, que afirmava não ser o homem que aparece nas filmagens e que se tratava de uma montagem. No vídeo, é possível ver um homem na cama mantendo relações sexuais com um grupo de mulheres.

Perícia da PF

De acordo com um trecho do relatório pericial da PF, assinado pelo perito criminal federal Bruno Garbe Junior, foram analisados “a direção da iluminação, disposição de personagens e objetos e suas relações na imagem, assim como a continuidade do sinal de áudio, não encontrando sinais de adulteração nas imagens examinadas.”

Segundo a perícia da PF, aparecem no vídeo um homem e seis mulheres.

“Ao analisar o conteúdo dos arquivos, verificou-se que os arquivos 1 e 2 apresentam gravações com características caseiras, com áudio, apresentando informações de data e hora (timestamp) na tela, onde 6 mulheres 1 homem apareciam realizando atividades sexuais em uma cama, conforme demonstrado na Figura 2, onde também são enumeradas as 6 mulheres existentes no vídeo”, diz um trecho do documento.

A perícia também afirma que não foi possível confirmar a identidade dos envolvidos por reconhecimento facial.

"As imagens têm baixa definição nas regiões de interesse e a baixa iluminação, os ângulos de enquadramento e as distâncias (câmerapessoa) não favorecem à identificação de pessoas. Assim, essas imagens não apresentaram um resultado nos sistemas de banco de dados de imagens disponíveis e não são adequadas ao exame de Comparação Facial", afirma.

Campanha de 2018

João Doria diz que vídeo com mulheres é falso

Durante a campanha de 2018 ao governo do estado, o então candidato João Doria classificou como uma “montagem” o vídeo que circulou nas redes sociais, afirmando não ser ele o homem que aparece em cenas íntimas com mulheres.

Doria publicou no Twitter e no Facebook um vídeo ao lado de sua esposa, Bia Doria, rechaçando o episódio. Ele disse que pediu uma perícia criminal e tomou medidas judiciais.

“Tô casado com a Bia há 26 anos, tenho três filhos que amo muito, respeito a minha família. Hoje eu vi um vídeo vergonhoso nas redes sociais, produzido por alguém que só quer o meu mal, o mal da minha família. Uma produção grotesca, fake news”, declara no vídeo.

“Pedi a um perito criminal que verificasse essas imagens. Pedi também medidas judiciais criminais contra os autores deste vídeo. Lamento muito que a campanha em São Paulo tenha chegado a esse nível de ferir a nossa família, de ferir um conceito que eu sempre preservei. Refuto isto com toda a minha energia”, completou.

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Fonte: G1

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