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Após aumento de combustíveis, mercado financeiro eleva para 6,45% estimativa de inflação em 2022

Por Redação em 14/03/2022 às 08:49:43
Esta é a nona semana de alta na estimativa de inflação para este ano. Com isso, expectativa do índice se distancia do teto de meta de 2022, de 5%. Analistas também passam a prever uma alta maior dos juros neste ano. Após o forte reajuste de combustíveis anunciado pela Petrobras na semana passada, os economistas do mercado financeiro elevaram estimativa de inflação em 2022 para 6,45%.

Até então, a expectativa era de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial, ficasse em 5,65% neste ano. Essa foi a nona alta seguida no indicador.

A informação consta do relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central (BC). Os dados foram colhidos na semana passada, em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.

O aumento nos combustíveis foi anunciado pela Petrobras na última semana, em meio à disparada dos preços do petróleo - por conta da guerra na Ucrânia.

Se confirmada a previsão do mercado para a inflação em 2022, será o segundo ano seguido de estouro da meta de inflação. Em 2021, o IPCA somou 10,06%, o maior desde 2015.

Em 2022, a meta central de inflação para 2022 é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar entre 2% e 5%. Com a nova alta, a previsão do mercado se distancia mais do teto da meta.

O objetivo foi fixado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-lo, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia, a Selic.

Para 2023, o mercado financeiro subiu de 3,51% para 3,70% a estimativa de inflação. Para o próximo ano, a meta foi fixada em 3,25%, e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Produto Interno Bruto

O mercado financeiro elevou a previsão de crescimento do PIB deste ano de 0,42% para 0,49%.

O aumento aconteceu após a divulgação do crescimento do PIB do ano passado de 4,6% pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Para 2023, porém, o mercado baixou a expectativa de alta do PIB de 1,50% para 1,43%.

Taxa de juros

Com o aumento da inflação, o mercado financeiro também passou a projetar uma alta maior na taxa básica de juros da economia, a Selic, neste ano.

Até então, os analistas estimavam que a Selic avançaria para até 12,25% ao ano no fim de 2022. Na semana passada, porém, passaram a projetar uma alta maior: para 12,75% ao ano no fechamento deste ano.

Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano, pela primeira vez no patamar de dois dígitos após quatro anos e meio.

Já para o fechamento de 2023, a expectativa do mercado para a taxa Selic subiu de 8,25% para 8,75% ao ano. Deste modo, o mercado financeiro segue estimando queda dos juros no ano que vem, mas em menor intensidade.

Outras estimativas

Dólar: a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2022 recuou de R$ 5,40 para R$ 5,30. Para o fim de 2023, caiu de R$ 5,30 para R$ 5,21 por dólar.

Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2022 recuou de US$ 64 bilhões para US$ 63,50 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado recuou de US$ 51,30 bilhões para US$ 51 bilhões de superávit.

Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano caiu de US$ 60 bilhões para US$ 59 bilhões. Para 2023, a estimativa caiu de US$ 69,4 bilhões para US$ 69,2 bilhões de ingresso.

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Fonte: G1

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