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'Em nenhum momento eu tive dúvida', diz dentista que foi voluntário do estudo da vacina contra a Covid em MT

Por Redação em 14/02/2022 às 19:57:02
Ernani Lacerda tomou a primeira dose em outubro de 2020 Ernani Lacerda foi voluntário do estudo da vacina contra a Covid-19

Reprodução/TVCA

'Em nenhum momento eu tive dúvida', disse o dentista Ernani Lacerda que foi voluntário do estudo do imunizante da Coronavac contra a Covid-19, há dois anos, em Cuiabá. Naquele momento as vacinas ainda não eram licenciadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O dentista tomou a primeira dose em outubro de 2020, mas os amigos deles não participaram do estudo, por medo dos efeitos colaterais.

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"Em nenhum momento eu tive essa dúvida. Não tive esse tipo de medo porque já participei de produção científica quando eu estava na faculdade eu sabia que um medicamento para chegar ao ponto de testar em um humanos, ele foi amplamente testado antes", contou.

Conheça os voluntários que participaram das pesquisas da vacina contra Covid

O enfermeiro Dione Vieiro Viana também de ofereceu para ajudar nos testes.

"Um dos polos do estudo foi no hospital Júlio Müller e quanto profissional da área da saúde, nós fomos convidados. Tinha um número mínimo em cada polo do estudo e eu me candidatei. Assim que surgiu a vaga eu demonstrei interesse imediato e queria garantir que fosse vacinado da forma mais breve possível até porque a minha mãe tinha muito receio de eu me infectar no hospital e transmitir para ela", disse.

O médico e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Luís Sérgio Guedes é o pesquisador principal da Janssen em Mato Grosso. Ele acompanhou 215 mato-grossenses que se voluntariaram para os testes.

Uma parte recebeu a vacina e outro só o placebo, que é uma substância sem ingredientes ativos.

Diferença nos grupos

"A força de uma nova infecção é bem menor porque o pessoal que se infecta após a vacinação geralmente apresenta um quadro clínico leve, pouca febre, dor de garganta, dor muscular, mas nunca comparado a àquela infecção que encontra uma pessoa não vacinada", contou o médico Luís Sérgio Guedes.

Já o médico infectologista Cor Jésus coordenou a pesquisa da Coronavac no estado. Para o imunizante, foram 460 voluntários em Mato Grosso.

"Nessa análise preliminar a vacina já protegia da hospitalização e do óbito mostrando que era uma vacina que impedia a evolução grave da doença", explicou.

Novo foco

Ele conta que os pesquisadores querem saber com mais precisão quanto tempo de imunidade as vacinas garantem.

Orgulho

O médico se sente orgulhoso de ter conduzido a pesquisa em Mato Grosso. "Durante meus 40 anos de médico e 30 de pesquisa, talvez essa tenha sido a atividade mais satisfatória da minha vida", contou.

Fonte: G1/MT

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