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Suprema Corte dos EUA volta a deixar veto ao aborto em vigor no Texas

Por Redação em 21/01/2022 às 07:10:22

A Suprema Corte dos Estados Unidos voltou a deixar em vigor o veto quase total ao aborto no Texas, não contemplando exceções para os casos de incesto e estupro, e que pode continuar valendo durante meses diante da recusa dos tribunais em frear a norma. Pela terceira vez nos Ășltimos seis meses, a Suprema Corte se recusou a parar a implementação da polĂȘmica lei do Texas, que proĂ­be o aborto após seis semanas de gestação, quando muitas mulheres ainda não sabem que estão grĂĄvidas, e que contradiz um precedente estabelecido pelo tribunal em 1973. Os seis juĂ­zes conservadores da Suprema Corte se uniram na decisão de não agir no caso, enquanto os trĂȘs juĂ­zes progressistas discordaram. "Este caso é um desastre para o estado de direito e um grave dano para as mulheres no Texas", escreveu a juĂ­za progressista Sonia Sotomayor, que jurou que não "permaneceria em silĂȘncio enquanto um estado continua a anular a garantia constitucional" que é o direito ao aborto.

O Supremo americano jĂĄ permitiu que o veto do Texas continuasse logo após a sua entrada em vigor, em setembro do ano passado, e fez o mesmo em dezembro, quando enviou o caso de volta à corte de apelações do 5Âș circuito, um dos mais conservadores do paĂ­s. Na segunda-feira, um painel desse tribunal decidiu pedir à Suprema Corte do Texas para interpretar a constitucionalidade do veto, um processo que promete demorar meses. Para evitar que a controversa lei permanecesse em vigor no Texas durante esse perĂ­odo, grupos de direitos ao aborto enviaram uma petição urgente à Suprema Corte dos EUA, esperando que o tribunal anulasse a decisão do tribunal de recurso. O objetivo dos grupos era fazer com que a entidade voltasse a remeter o caso a um tribunal federal inferior que bloqueou temporariamente o veto em outubro. A lei texana permite que os indivĂ­duos apresentem processos civis contra qualquer pessoa que ajude uma mulher grĂĄvida a fazer um aborto se acreditarem que estão violando a proibição, e oferece uma recompensa de até US$ 10 mil a cada autor de processo por cada julgamento ganho.

*Com informações da EFE

Fonte: JP

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