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Novo número 2 da Polícia Federal diz em depoimento que indicou superintendente no Rio

Por Redação em 13/05/2020 às 19:40:23

Carlos Henrique Oliveira foi nomeado nesta quarta-feira como diretor-executivo. Também nesta quarta, ele depôs em inquérito que apura suposta interferência de Bolsonaro na PF. Carlos Henrique Oliveira, nomeado novo diretor-executivo da Polícia Federal

Reprodução / TV Globo

O delegado Carlos Henrique Oliveira afirmou nesta quarta-feira (13), em depoimento à Polícia Federal, em Brasília, que participou da indicação do atual superintendente da instituição no Rio de Janeiro, Tácio Muzzi.

A edição desta quarta-feira do "Diário Oficial da União" trouxe a nomeação de Oliveira para diretor-executivo da Polícia Federal, o segundo posto na hierarquia da corporação.

Ele prestou depoimento no inquérito aberto pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, para apurar suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. De acordo com o ex-ministro Sergio Moro (Justiça), Bolsonaro insistia na substituição do superintendente do Rio de Janeiro.

Muzzi foi nomeado pelo diretor-geral da PF, Rolando Alexandre de Souza, que tomou posse no último dia 4, depois que a nomeação para o cargo do delegado Alexandre Ramagem, amigo da família Bolsonaro, foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal. Rolando Souza era subordinado a Ramagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Conforme o depoimento, Carlos Henrique Oliveira foi questionado se, na ocasião em que foi convidado para o cargo de diretor-executivo, houve alguma conversa com Rolando Alexandre de Souza, novo diretor-geral da PF, sobre a sucessão no Rio de Janeiro.

Carlos Henrique Oliveira respondeu, segundo o relatório do depoimento, que "este era um ponto que considerava importante, pois gostaria de participar da escolha do nome que lhe sucederia, tendo de pronto indicado o nome do delegado Tácio Muzzi".

Segundo o delegado, ele e Rolando Alexandre de Souza voltaram a conversar sobre a superintendência no Rio de Janeiro em 4 de maio, após a posse de Souza como diretor-geral.

Carlos Henrique Oliveira afirmou que, nessa conversa, Rolando de Souza confirmou que Muzzi havia sido escolhido para o cargo.

Na sequência do depoimento, ele foi questionado pelos procuradores da Procuradoria Geral da República se manteve "interlocução direta" com o presidente Jair Bolsonaro, familiares ou ministros e assessores enquanto comandou a chefia da PF no Rio. Disse que não.

Conforme o relatório do depoimento, Carlos Henrique Souza disse que "nem toda" informação de inteligência produzida na Superintendência da PF no Rio de Janeiro segue para o Sistema Brasileiro de Inteligência, acrescentando que alguns relatórios eram produzidos para a própria PF.

Nesse instante, o delegado foi questionado se recebeu, enquanto superintendente no RJ, "queixa ou crítica" por parte do diretor-geral da PF, do ministro da Justiça ou do presidente Jair Bolsonaro. Conforme o relatório, Souza disse que não.

Filho de Bolsonaro

Durante o depoimento, Carlos Henrique de Souza foi questionado se tem conhecimento de investigações sobre familiares do presidente Jair Bolsonaro em 2019 e 2020 na superintendência que até então era chefiada por ele.

"[Souza] disse que tem conhecimento de uma investigação no âmbito eleitoral cujo inquérito já foi relatado, não tendo havido indiciamento."

O jornal "O Globo" informou no último dia 1º que, em março, a PF do Rio pediu à Justiça o arquivamento do inquérito que investigava se o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos- RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro, havia cometido os crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral nas eleições de 2014, 2016 e 2018. Conforme "O Globo", o inquérito foi arquivado posteriormente.

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Fonte: G1

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