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Irritado com Barra Torres, Bolsonaro mandou cancelar reunião sobre passaporte da vacina

Por Redação em 07/12/2021 às 09:10:08
Diretor-geral da Anvisa foi indicado por Bolsonaro, mas não pode ser demitido por ser um cargo com mandato. Segundo auxiliares do presidente, a expectativa era que Torres fosse mais alinhado com as teses negacionistas do Planalto. O presidente Bolsonaro (PL) tem demonstrado irritação com o protagonismo do diretor-geral da Anvisa, Barra Torres, que vem defendendo medidas técnicas para combater a pandemia do coronavĂ­rus.

O mais novo foco de ira do presidente ocorreu nesta segunda-feira (6), quando o governo cancelou em cima da hora uma reunião que havia sido convocada para debater, com técnicos da Anvisa, a adoção da exigĂȘncia de um passaporte da vacina para viajantes que desejem entrar no Brasil.

O motivo oficial do cancelamento não foi informado. Mas, segundo auxiliares do presidente relataram ao blog, Bolsonaro mandou cancelar a reunião assim que soube que a agĂȘncia comandada por Barra Torres "iria apresentar novas medidas de restrição".

Bolsonaro tem criticado nos bastidores o diretor-geral da Anvisa. Na versão de auxiliares de Bolsonaro, Barra Torres foi indicado por Bolsonaro em 2020 como uma espécie de "prĂȘmio de consolação" por não ter sido ministro da SaĂșde após a saĂ­da de Mandetta. A expectativa do presidente com Torres, que é militar, era de um diretor alinhado com as teses negacionistas do Planalto, como fez Eduardo Pazuello na SaĂșde – mas o que não aconteceu na Anvisa.

Apesar da irritação, afirmam aliados, o problema é que Bolsonaro não pode demitir o diretor – jĂĄ que se trata de um cargo com mandato. Então, o presidente demonstra sua insatisfação com o trabalho da agĂȘncia com decisões como a de ontem, cancelando o encontro com a agĂȘncia.

A Anvisa vem defendendo, nas Ășltimas semanas, que o Brasil exija comprovante de vacinação ou "autoquarentena" obrigatória para os passageiros que cheguem ao paĂ­s. O presidente Jair Bolsonaro diz ser contra a medida e o governo, até agora, não adotou nenhuma medida nesse sentido.

A reunião de ontem estava marcada para o fim da tarde. Poucas horas antes, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) LuĂ­s Roberto Barroso deu prazo de 48 horas para que o governo seja ouvido sobre a demora em adotar as recomendações sanitĂĄrias da Anvisa.

Fonte: G1

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