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Prefeito de Cuiabá quer criar 'Dia do Perdão' na mesma data do retorno dele ao cargo após ter sido afastado pela Justiça

Por Redação em 01/12/2021 às 12:04:18
Emanuel Pinheiro havia sido afastado por suspeita de irregularidades na secretaria municipal de Saúde e passou 38 dias afastado da função. Prefeito Emanuel Pinheiro quer criar 'Dia do Perdão'

Assessoria

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), encaminhou um projeto de lei à Câmara Municipal que prevê a criação do “Dia do Perdão”, a ser comemorado anualmente no dia 26 de novembro, mesma data em que a Justiça autorizou o retorno dele ao cargo. Pinheiro havia sido afastado por suspeita de organização criminosa voltada para contratações irregulares de servidores temporários na Secretaria Municipal de Saúde e passou 38 dias afastado da função.

De acordo com a assessoria da Prefeitura de Cuiabá, a proposta tem como justificativa “os momentos tempestuosos vividos pela humanidade, onde a falta de amor, compaixão e empatia imperam”.

Ainda de acordo com a gestão, os “valores que realmente importam são perdidos em meio ao caos e disseminação de ódio”. Caso o projeto de lei seja aprovado pelos vereadores, o texto retorna para o Executivo para sanção da Lei Municipal.

Operação cumpriu mandados na casa do prefeito Emanuel Pinheiro

Rafael Medeiros

Esquema na Saúde

Emanuel foi afastado do cargo em 19 de outubro, na Operação Capistrum, deflagrada nesta terça pelo Ministério Público e pela Polícia Civil. A investigação do Ministério Público Estadual (MPE) apontou 259 contratos temporários para atuação na saúde e pelo pagamento, sem qualquer parâmetro, do Prêmio Saúde aos servidores da Prefeitura de Cuiabá.

O valor era utilizado como compra de apoio político e garantia de governabilidade. Além de Emanuel, a secretária-adjunta de Governo e Assuntos Estratégicos, Ivone de Souza, o chefe de gabinete, Antônio Monreal Neto e a primeira-dama Márcia Pinheiro também foram alvos da operação.

Assim como o prefeito, eles foram afastados da função. Monreal chegou a ser preso temporariamente, mas foi liberado. O ex-coordenador de Gestão de Pessoas, Ricardo Aparecido Ribeiro, foi alvo de pedido de busca e apreensão e sequestro de bens.

As investigações apontam que grande maioria das contratações teriam sido feitas mediante interesses políticos de Emanuel. O inquérito foi instaurado pelo MPE com base nas declarações do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, extraídas do acordo de delação firmado com a 9ª Promotoria de Justiça Cível da capital.

A folha de pagamento de pessoal da secretaria municipal de Saúde era uma das maiores despesas da pasta, chegando a ter em média 5.400 servidores. O número de temporários era superior ao dos efetivos.

Efeito delação

Em novembro de 2017, Emanuel foi flagrado supostamente recebendo propina. No vídeo, ele colocava maços de dinheiro nos bolsos do paletó. As imagens foram entregues pelo ex-governador Silval Barbosa ao Ministério Público Federal (MPF).

As gravações foram feitas pelo então chefe de gabinete, Silvio Cesar, responsável pela entrega do dinheiro. De acordo com o ex-governador, os valores pagos eram de esquemas de propina no estado.

No entanto, Emanuel negou qualquer participação no esquema criminoso.

Fonte: G1/MT

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