Na terça-feira (16), a moeda norte-americana fechou em alta de 0,75%, a R$ 5,4991. Nota de US$ 5 dólares
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O dólar opera em queda nesta quarta-feira (17), depois de registrar ganho na última sessão, com as preocupações com o quadro fiscal do país ainda dominado as atenções dos investidores.
Às 9h17, a moeda norte-americana recuava 0,35%, cotada a R$ 5,4801. Veja mais cotações.
Na terça-feira, o dólar fechou em alta de 0,75%, a R$ 5,4991. Com o resultado, acumula queda de 2,63% no mês. No ano, tem avanço de 6,01% contra o real.
Cenário
Na cena doméstica, as atenções seguem voltadas para a tramitação da PEC dos Precatórios no Senado em meio às preocupações com a situação fiscal do país.
Na véspera, o mercado não reagiu bem a declarações do presidente Jair Bolsonaro de que a aprovação da PEC dos Precatórios pelo Congresso irá abrir espaço para a concessão de reajuste aos servidores públicos federais, justificando o eventual aumento como resposta a um congelamento dos salários e à inflação.
Os comentários endossam receios de investidores sobre uma política fiscal ainda mais expansionista por parte do governo, cuja pressão pelo Auxílio Brasil impôs derrota à narrativa de austeridade fiscal do ministro da Economia, Paulo Guedes, e provocou forte deterioração nos ativos domésticos ao longo de outubro em meio a temores de descontrole nas contas públicas.
A proposta adia o pagamento de precatórios (dívidas do governo já reconhecidas pela Justiça) e altera o cálculo do teto de gastos (regra pela qual, de um ano para outro, as despesas do governo não podem crescer mais que a variação da inflação). As duas mudanças abrem um espaço orçamentário de cerca de R$ 90 bilhões para o governo gastar em 2022, ano eleitoral.
Bolsonaro diz que servidores públicos federais podem ter reajuste, se PEC dos precatórios for aprovada
Piora das expectativas
O mercado financeiro elevou novamente a estimativa de inflação e piorou a projeção para o PIB de 2022, segundo pesquisa Focus, divulgada nesta segunda pelo Banco Central.
Para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a expectativa do mercado para este ano subiu de 9,33% para 9,77%. Para 2022, subiu de 4,63% para 4,79% a estimativa de inflação.
O mercado manteve em 9,25% ao ano a previsão para a Selic no fim de 2021 e em 11% ao ano para o fim de 2022. Para o PIB, a previsão de crescimento deste ano passou de 4,93% para 4,88%. Para 2022, a estimativa de alta foi reduzida de 1% para 0,93%.
Já a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 permaneceu em R$ 5,50. Para o fim de 2022, ficou estável também em R$ 5,50 por dólar.
Por que o dólar sobe? Assista no vídeo abaixo:
Entenda a alta do dólar