Governistas acreditam que não haverá sustos na discussão da matéria, mas articulam nos bastidores para garantir a aprovação com uma margem segura em plenário. Ministros do governo têm procurado nos últimos dias senadores "insatisfeitos" da base aliada para garantir uma margem de 50 votos favoráveis à PEC dos Precatórios. São necessários pelo menos 41 votos, em dois turnos, para aprovar a proposta.
Ao blog, ministros do Planalto afirmam que a estratégia do governo era levar a proposta diretamente ao plenário, para ganhar tempo, mas o texto que foi aprovado na Câmara vai ser votado, antes, pela Comissão de Constituição e Justiça.
Como o relator da PEC na comissão será o lÃder do governo na Casa, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), o Planalto avalia que não terá grandes sustos na discussão da matéria – mas articula nos bastidores para garantir a aprovação com uma margem segura em plenário. Nas contas do governo, hoje, a proposta tem cerca de 50 votos, mas eles querem ampliar a margem.
Por isso, a ordem é chamar senadores nos próximos dias para resolver "insatisfações", principalmente em relação à liberação de emendas.
No mapeamento do Planalto, o foco principal de insatisfação é o MDB.
Timing
Apesar de admitir mais dificuldades de articulação no Senado do que na Câmara, governistas repetem que a matéria será aprovada até o fim do mês, no esforço concentrado anunciado por Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
A avaliação, no entanto, vale apenas para a votação da PEC dos Precatórios.
No caso de outras votações de interesse do governo, como a sabatina do ministro André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal, o Planalto diz, nos bastidores, que ainda não tem segurança nem garantias de que Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidente da CCJ, vai, de fato, pautar a indicação.